Santo Eulógio

Durante o império de Flávio Júlio Valente (364-378), que era cristão ariano, foi estabelecida uma perseguição contra os cristãos nicenos. Barsete, bispo de Edessa, foi enviado para o exílio e dois sacerdotes da diocese, Eulógio e Protógenes, ficaram à frente da comunidade cristã. No entanto, em pouco tempo, também eles, depois de resistir ao prefeito Modesto, foram mandados para o exílio em Antinópolis, capital de Tebaida, Egito.
Com a morte de Valente e após o término da perseguição, Eulógio voltou para Edessa e foi nomeado bispo, sucedendo Barsete que morrera em março de 378, segundo a Crônica de Edessa, onde constam os registros transmitidos por Teodoreto, na História Eclesiástica. Eulógio foi consagrado bispo por Eusébio de Samosata, embora a Igreja de Edessa dependesse apenas da Igreja de Antioquia.
Naquela época, de fato, Antioquia estava no meio das dificuldades causadas pelo Cisma de Melécio. Eulógio participou, então, do segundo Concílio Ecumênico de Constantinopla, em 381, que condenou Melécio como herege.
Sabe-se também que Eulógio consagrou o bispo Protógeno de Harrán e que, de acordo com a Crônica de Edessa Eulógio, morreu na Sexta-feira Santa de 387, tendo Círio como sucessor.
Nos calendários bizantinos, parece que Eulógio jamais foi lembrado. Entre os vários Martirológios siríacos antigos que chegaram até nós, apenas o calendário do século IX do convento de Qennesrin, menciona Eulógio como bispo de Edessa.