Há poucas informações sobre essa santa mártir da igreja de Roma. Na edição antiga do martirológio romano se dizia:
Em Roma, a bem-aventurada Dafrosa, mulher de são Flaviano mártir e mãe das santas Bibiana e Demétria, virgens e mártires, a qual, depois da morte de seu marido, foi mandada, primeiro em exílio, e depois decapitada sob o imperador Juliano.
A tradição indica, portanto, que ela foi casada e teve duas filhas; vivendo no século IV, Dafrosa habitou na Roma governada pelo imperador Juliano, o apóstata. Segundo a tradição, a família de Dafrosa, por ser cristã, foi condenada à morte por esse imperador. Nas fontes mais tardias, se diz com maior detalhamento que após ter condenado à pena capital os esposos Flaviano e Dafrosa, o imperador tentou convencer as filhas do casal a renegar a fé cristã, mas sem êxito. Após o martírio da família, num primeiro momento, os seus corpos foram sepultados num mesmo local, mas com o passar dos séculos, em função da veneração às relíquias dos santos mártires, foram separados. Atualmente os corpos de Dafrosa e de suas filhas estão guardados num sarcófago da época do imperador Constantino, localizado sob o altar mor da igreja de santa Bibiana. Uma parte das relíquias de santa Dafrosa estão também guardadas na basílica romana de Santa Maria Maior, onde todo 4 de janeiro se celebra sua memória. Dafrosa e Flaviano são um dos tantos casais canonizados que a Igreja, ao longo dos séculos, celebra como modelo de santidade para todos os fiéis.