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Santo Manuel Morales

Pai de família e mártir (†1926)

ASSUMPTION OF MARY

Public Domain

Manuel nasceu na região de Zacatecas, no México, no dia 8 de fevereiro de 1898. Em sue registro de nascimento consta que os avós eram os pais do menino, o motivo: sua mãe havia engravidado sendo ainda solteira. O avô amava o menino com todo o coração, mas logo veio a falecer. Em virtude disso, a pequena família se transferiu para outra região do México. Na escola o jovem Manuel se destacava no campo literário, assim, acabou entrando em alguns cursos do Seminário Conciliar de Durango. Como aluno externo ele se destacava dos demais alunos. Contudo, por essa época uma grande crise social começou a percorrer todas as regiões do México. As instituições religiosas começaram a sofrer as consequências e muitas tiveram que fechar suas portas. Manuel, diante da situação não teve outro remédio senão voltar para casa, em Chalchihuites. Uma vez em casa, se dedicou a ajudar os parentes que passavam por um momento de pobreza. Começou a trabalhar e foi ganhando a confiança de seus patrões, que o estimavam muito. Em 1921 Manuel Morales casou-se com Maria del Consuelo Loera Cifuentes. Tiveram três filhos e viviam uma vida familiar exemplar. Manuel alternava o tempo entre casa, trabalho e igreja. Todos os dias iam à igreja para assistir a Missa. Entre outras coisas, Manuel era membro da Associação Católica da Juventude Mexicana, uma organização voltada a combater as leis de perseguição contra a Igreja, ainda em vigor no México. De fato, desde 1917 vigorava no território mexicano uma Constituição fortemente anticlerical e antirreligiosa. Em 1924 foi nomeado Plutarco Elias Calles como presidente: fez um grande trabalho de reforma agrária, por outro lado, contudo, se dedicou à perseguição da Igreja. Dois anos depois, na iminência da promulgação de uma lei que ordenava o fechamento das igrejas e o fim do culto público, Manuel, que era presidente regional da Liga Nacional em Defesa da Liberdade Religiosa, tomou a palavra e convocou todos os membros à resistência pacífica. Ao final de seu discurso gritou: “Viva Cristo Rei! Viva la Morenita del Tepeyac! (Nossa Senhora de Guadalupe). Todos os presentes repetiram essas exclamações. Ao saber disso, as autoridades perceberam uma tentativa de motim e acusaram todos os participantes de fomento à violência. Na manhã de 15 de agosto de 1926, um domingo, ao saber da prisão de seu pároco, Manuel decidiu intervir imediatamente. Diante dos conselheiros, acompanhado com alguns membros da liga, improvisamente entra um destacamento de soldados. “Manuel Morales”, gritam. Manuel dá um passo a frente e diz: “Eis-me aqui”. Imediatamente os soldados o agarram e começam com uma sessão de violência gratuita, chegando a bater-lhe com a culatra dos fuzis. Mais tarde, ele e o pároco foram transportados de carro para uma zona afastada da cidade. Descendo do automóvel, foram caminhando por cerca de meio quilômetro até o local onde seriam mortos. Durante o caminho lhes foi ofertado de, caso aceitassem a nova lei contra o culto, a vida lhes seria poupada. Ambos se mantiveram firmes. Chegando no local da execução, Manuel, com apenas 29 anos de idade exclamou: “Viva Cristo Rei e a Virgem de Guadalupe!”. Ouviram-se tiros, e depois o silêncio. Nesse mesmo dia outros foram também fuzilados pelo mesmo motivo. Mais tarde os corpos foram recuperados pela população, que lhes deu um enterro digno. Foram canonizados por São João Paulo II no dia 21 de maio do ano 2000 na Praça de São Pedro, no Vaticano.

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