São Paulo Denn

A evangelização na China está marcada desde seus primórdios pelo testemunho dos mártires. No ano 2000, São João Paulo II canonizou um grupo de 120 mártires, mortos em diversos momentos da história do cristianismo na China. O ponto alto das perseguições ocorreu no ano 1900, naquilo que ficou conhecido como “a revolta dos boxers”. Foi basicamente um movimento entre alguns grupos chineses nacionalistas que combatiam a presença de estrangeiros na China; tendo identificado o cristianismo como uma religião ligada aos europeus, começou uma perseguição terrível contra comunidade católica. Milhares de católicos foram executados, um destes foi o Padre Jesuíta Paul Denn. Nascido na cidade francesa de Lille no dia 1 de abril de 1847, logo teve que ajudar a mãe, que se tornou precocemente viúva. Com 25 anos de idade, ingressou na Companhia de Jesus, logo em seguida, conforme seu desejo, foi enviado como missionário para a China, onde recebeu sua ordenação presbiteral de 1880. Exercia seu ministério na China, quando explodiu a revolta: com outros coirmãos procurou refúgio numa aldeia fortificada, mas no dia 20 de julho de 1900, alguns revoltosos conseguiram penetrar no perímetro fortificado e começaram a massacrar as pessoas a esmo. Vendo a situação, os missionários abriram as portas da igreja para que as pessoas pudessem encontrar refúgio. Fechando as portas, os padres Mangin e Denn tentaram defender os cristãos que ali se refugiaram. Do lado de fora os revoltosos tentavam forçar as portas: Padre Denn começou a recitar o Confiteor enquanto Padre Mangin dava a absolvição geral. Em seguida os boxers entraram na igreja e começaram a trucidar a todos, colocando também fogo na igreja. Os padres, já com as vestes incendiadas, foram mortos aos pés do altar.