Beata Maria Anna Sala

Em Brivio, antigo subúrbio da alta Brianza, às margens do rio Adda, no território de Lecco (Itália), no dia 21 de abril de 1829, nasceu Maria Anna Elisabetta, a quinta de 8 filhos de Giovanni Maria Sala e Giovannina Comi. Mari Anna foi levada à pia batismal, na paróquia vizinha, no dia do seu nascimento. Cresceu em um contexto sereno, educada na fé por seus pais e irmãos. Sua educação fundamental ocorreu numa escola particular, onde ele se destacou por sua inteligência. Em 12 de setembro de 1839, fez sua primeira comunhão e foi crismada no mesmo dia.
Em 1838, corria em Brivio a fama da recente fundação de um Instituto feminino – o das Marcelinas, aberto em Cernusco sul Naviglio. Neste Colégio, Giovanni Maria Sala quis que suas filhas mais aptas, Maria Anna (1842), em seguida Genoveffa e Lúcia, completassem seus estudos. Maria Anna completara 11 anos quando entrou para o Instituto.
Logo após completar o curso de estudos, no dia 13 de fevereiro de 1848, Maria Anna voltou ao Colégio de Vimercate, como aspirante à vida religiosa. Após o noviciado, teve a sorte de pronunciar os votos, por ocasião da aprovação canônica da Congregação: 13 de setembro de 1852.
Sua vida foi dedicada inteiramente ao ensino em várias faculdades da congregação (Cernusco sul Naviglio, Gênova e Milão), primeiro em escolas primárias e depois em escolas superiores. Ele também ensinou música. A única grande interrupção nessa rotina foi causada pela Segunda Guerra da Independência, durante a qual ele se dedicou a ajudar os feridos (1859).
Por volta dos sessenta anos, adoeceu com um doloroso câncer no pescoço, que a levou à morte no dia 24 de novembro de 1891, em Milão.
Irmãs, alunas e ex-alunas divulgaram a fama de sua santidade. Umas, reconhecendo nela a religiosa exemplar, na fidelíssima observância das Regras; outras, lembrando, com o ensinamento impregnado de fé, o exemplo de vida, decisivo na formação da juventude. O encontro casual de seus despojos intactos, em 1920, fez com que se voltasse a falar na, já esquecida, Ir. Maria Anna Sala. As ex-alunas se uniram às Marcelinas para pedirem a introdução da causa de beatificação e muitas testemunharam, no processo informativo, a heroicidade de suas virtudes.
Sua beatificação foi realizada pelo Papa São João Paulo II em 26 de outubro de 1980.