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Bem-aventurada Joana Maria de Maillé

Franciscana Terciária (†1414)

SAINT MARY

Public Domain

Joana nasceu em 14 de abril de 1331, no castelo de La Roche, diocese de Tours, França. Recebeu sua educação religiosa inicial de um padre franciscano, confessor da família, que a iniciou no ardente amor de Cristo, Salvador da humanidade, de Maria, mãe de Deus e dos homens, e do seráfico Francisco de Assis. Daí seu compromisso de imitar suas virtudes, em particular o amor à pobreza, humildade e oração, e a decisão de se tornar franciscana professando na Terceira Ordem Franciscana.
Deve ter perdido os pais precocemente, pois, contra sua vontade, foi dada em casamento, em 1347, ao Barão Roberto de Sillé (ou Silly), aos dezesseis anos. Os dois jovens cônjuges decidiram, de comum acordo, preservar a castidade e se dedicar a ajudar os mais carentes, durante a terrível epidemia de peste que varreu a Europa entre 1346 e 1353. Quando Maria contava com pouco mais de 30 anos, seu marido Roberto foi participar da Guerra dos Cem anos e, na sangrenta batalha de Crécy foi aprisionado pelos ingleses. Joana conseguiu libertá-lo pagando um resgate, o que afetou seriamente seu patrimônio. Mesmo assim, em 1362, Roberto foi morto e Maria foi brutalmente expulsa da família de seu falecido esposo, acusada de ter desperdiçado o patrimônio familiar em obras de caridade. No entanto, perdoou generosamente aqueles que nela causaram tanta dor, oferecendo a Deus suas provações.
Permaneceu em Tours e foi morar no hospital da região, onde se dedicou à oração e aos cuidados com os doentes. Vestia uma túnica grosseira e áspera, como o hábito dos seus amados franciscanos, cuja espiritualidade vivia intensamente, até o dia em que pôde se tornar terciária. Diante do arcebispo de Tours fez seus votos perpétuos de castidade, determinada a levar uma vida inteiramente dedicada ao serviço de irmãos pobres, doentes e necessitados, como haviam feito os primeiros franciscanos da Ordem Terceira. No entanto, em virtude de alguns reveses, acabou retirando-se para o eremitério de Planche de Vaux, onde começou a levar uma vida eremítica, na solidão.
Em 1386, forçada a voltar a Tours, devido à precária condição de sua saúde, foi morar no convento dos Cordígeros, nome popular dos franciscanos, e colocou-se sob a direção espiritual do Padre Martinho de Bois Gaultier. Era surpreendente o respeito despertado por Joana Maria, pois todos aqueles que anteriormente haviam se divertido, humilhando-a, agora, no entanto, acorriam a ela para pedir conselhos. Joana, para libertar prisioneiros ou salvar uma pessoa condenada à morte, sem nenhum escrúpulo, corria ao tribunal para pedir clemência ao rei Carlos VI, que era portador de doença mental.
Faleceu aos 82 anos, no dia 28 de março de 1414, com sólida reputação de santidade. Foi enterrada com o hábito das Clarissas. Seu processo de canonização começou doze meses após sua morte e foi beatificada por Pio IX em 1871.

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