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São Tiago Berthieu

Sacerdote e mártir (†1896)

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Public Domain

Numa fazenda na região francesa de Cantal nascia na família Berthieu o segundo filho. Nasceu no dia 27 de novembro de 1838, durante o inverno. Transcorreu uma infância relativamente serena e, aos quinze anos entrou no seminário menor de Pleaux. Durante esse período escolar obteve sempre boas notas e um comportamento classificado como “ótimo”. Em 1859 ingressou nos estudos do seminário maior e, em 1864, recebeu a ordenação presbiteral. Durante os primeiros anos do exercício de seu ministério, como padre diocesano, Tiago teve que lidar com a convivência pouco fácil com um velho pároco. Após esse primeiro período, foi transferido para outra paróquia, encontrando um pároco mais compreensivo, que o ajudou no discernimento de sua vocação mais profunda: ser religioso. De fato, em 1873, padre Tiago entra no noviciado da Companhia de Jesus, com o forte desejo de se tornar missionário. Efetivamente, após cumprir os requisitos e se tornar jesuíta, padre Tiago foi destinado a servir a Companhia de Jesus como missionário em Madagascar. Cheio de felicidade, partiu para trabalhar na ilha de Santa Maria. Em suas cartas para a família, revela que nos primeiros meses se desdobrava no estudo da língua local e na dedicação à catequese infantil. Apesar disso, sentia-se propriamente inútil para a missão, mas via nisso a mão de Deus: assim ele poderia se tornar mais humilde e servidor. Com o passar do tempo e com a aprendizagem da nova língua, começou a se dedicar a trabalhos pastorais mais complexos: visitava os pobres, os leprosos, dedicava-se à pregação, à catequese dos adultos e às celebrações dos sacramentos. Em 1881, após anos de grandes trabalhos, padre Tiago se viu obrigado a abandonar a ilha em virtude das leis que visavam a expulsão de religiosos dos territórios franceses. Segue-se à expulsão, um “perambular” por outras missões jesuíticas na região de Madagascar. Nesse período faz de tudo: chega a desempenhar a função de agricultor durante um ano, plantando legumes para a subsistência sua e dos coirmãos. Diante de seus trabalhos pastorais, posteriormente chegou-se a afirmar dele: “Era um pai que não abandonava seus filhos”; e os nativos diziam: “Ele é tão bom quanto o sol da manhã”. Em 1894 começou uma luta entre os malgaxes e os franceses. Logo, no calor da guerrilha, os missionários começaram a ser vistos como inimigos do povo, como aqueles que haviam destruído as tradições religiosas ancestrais. Logo a violência chegou no vilarejo onde se encontrava padre Tiago. No êxodo que se seguiu, tanto padre Tiago quanto os outros religiosos deram mostras de grande caridade, nunca abandonando suas ovelhas. As angústias e as imensas fadigas pelas quais padre Tiago teve que passar, o fizeram ficar doente, prostrado numa cama durante certo tempo, mas as angústias e os sofrimentos que se aproximavam seriam ainda maiores. De fato, fugindo dos revoltosos com a população de toda a aldeia que ele havia catequizado junto com os outros padres jesuítas, padre Tiago na tentativa de ajudar os retardatários, caiu prisioneiro nas mãos dos perseguidores: recebeu alguns golpes de facão no pescoço e começou a perder sangue, mas não morreu. Foi levado até o acampamento daqueles que o haviam aprisionado: foi torturado e, por mais vezes, convidado a abandonar a fé cristã. Diante de sua negativa, o conduziram para ser fuzilado. Os seis homens do pelotão encarregados do fuzilamento foram estranhamente tomados por medo: quatro não conseguiram acertar o alvo; padre Tiago caiu por terra apenas mediante os dois últimos disparos. Seu corpo foi jogado no rio, para que os crocodilos fizessem seu banquete. São Paulo VI beatificou o padre Tiago no dia 17 de outubro de 1965.

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