São Castor

Castor nasceu no século IV numa grande e ilustre família de Nimes, cidade do sul da França, capital do departamento de Gard, na região de Ocitânia.
Embora fosse casado, em total acordo com a esposa, abraçou a vida religiosa e fundou o mosteiro de Mananque ou São Faustino, perto de Cavaillon.
São Castor foi o primeiro bispo de Apt, na Provença francesa. Foi eleito antes de 13 de junho de 419, data de uma carta do papa Bonifácio I que ordenava aos bispos da Gália e das sete províncias, entre eles Castor, que julgassem o bispo Máximo de Valência.
Fiel amigo da vida monástica, escreveu algumas cartas a João Cassiano, pedindo conselhos sobre a vida monástica. Depois de lhe ter exposto que todos tem necessidade de um diretor espiritual, rogou que lhe desse a conhecer os exercícios que lhe haviam trabalhado a alma e os costumes monásticos na Tebaida, Egito, e no Oriente. São Castor quis implantar seus ensinamentos, aplicando-os numa nova comunidade que se erguera perto de Apt. João Cassiano descreveu, em doze livros, as “Instituições Cenobíticas” (De Institutis Coenobiorum) e dedicou-as a Castor, pedindo perdão pelas insuficiências: era uma discreta homenagem à virtude do amigo, dizia. Embora tivesse lido os doze livros de Cassiano sobre instituições cenobíticas, Castor pediu-lhe que reunisse em um volume as mais famosas falas dos Padres do Deserto. João Cassiano, então, começou a escrever as “Conferências” dos ascetas do Egito.
Castor faleceu por volta de 426, antes que João Cassiano tivesse composto os primeiros dezesseis capítulos das “Conferências”. Terminada a obra, enviou-a para Leôncio, que era bispo da diocese de Fréjus-Toulon, um parente próximo – talvez irmão de Castor – e ao monge Eládio.
O culto de São Castor é antiquíssimo. Antes da Revolução Francesa, a diocese de Apt o homenageava como um de seus patronos. Enquanto no passado a festa em sua homenagem era celebrada em 11 de setembro, atualmente é celebrada em 25 de setembro na diocese de Avignon e em 2 de setembro na de Nimes.