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São Pascásio Radberto

Abade († 865)

église notre dame de clessé

Chabe01, CC BY-SA 4.0 via Wikimedia Commons

Radberto foi abandonado assim que nasceu. Foi acolhido e criado pelas freiras beneditinas de Soissons, França.
Na infância e adolescência estudou no mosteiro beneditino de Soissons. Radberto é seu nome alemão de batismo; mais tarde ele adotou o nome latino de Pascásio, como era costume entre os eruditos de seu tempo. Recebeu também a tonsura, entrando assim para o clero (sem as Ordens naquele momento), embora por algum tempo tenha ficado conhecido em Soissons mais como um “bon-vivant”, em busca de prazeres mundanos.
No entanto, aos 22 anos, entrou para o rígido mosteiro beneditino de Corbie, perto de Amiens, que tinha como seu abade um futuro santo, Adalardo. Guiado por ele, Radberto retomou os estudos: o brilhante erudito tornou-se também professor de Teologia, comentador das Sagradas Escrituras e dos Padres da Igreja.
Acompanhou Adalardo à Saxônia, onde fundaram um mosteiro geminado ao mosteiro de Corbie. Depois, ainda em Corbie, tornou-se diretor de estudos e, finalmente, abade. Os monges o elegeram embora ele não fosse sacerdote e, por modéstia, ele nunca se tornou um, firmando-se no diaconato. No entanto, era difícil ser abade de Corbie. As disputas doutrinais dividiam os monges. Era um problema sério, mas também era natural, fisiológico, pois havia verdadeira paixão entre as partes em conflito. Mais graves ainda eram as intrusões do poder real, que dava presentes aos mosteiros, mas depois exigia um retorno de acordo com seus interesses. O rei da França, Carlos, o Calvo, quis obrigar Radberto a aceitar de volta seu primo que tinha sido expulso do mosteiro por má conduta. Radberto se recusou a fazê-lo e devido a esta contenda, em 851, precisou abandonar o mosteiro, renunciando ao abaciado de Corbie.
Diante do apelo dos monges ele voltou ao mosteiro de Corbie, sem encargos ou posições. Participou de Concílios, tratou com soberanos, pregou em missões, mas naquele momento ele só queria ser um simples monge, em oração e estudo, até o último de seus dias. Escreveu tratados de teologia eucarística, estudos sobre Maria, mãe de Jesus, vida de santos, comentários sobre textos bíblicos. E dentre estes últimos, o maior deles, o dedicado ao Evangelho de Mateus, que será mencionado novamente no século XX pelo Concílio Vaticano II, na Constituição sobre a Igreja, Lumen Gentium.
Já perto da morte, pediu aos monges que não pensassem em comemorações ou em histórias de sua vida: “Não mereço ser lembrado, esqueçam-me”. Quando faleceu, no dia 26 de abril de 860, foi sepultado entre os pobres e os empregados do mosteiro. Porém, em 1058, o corpo foi recebido na igreja da abadia com as honras reservadas aos santos, e sua festa anual foi estabelecida em 26 de abril.
Tendo escapado à devastação da Revolução Francesa, no século XVIII, seus restos mortais foram finalmente depositados na igreja paroquial de Corbie, onde ainda se encontram hoje.

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