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São Simeão

Bispo e mártir (†107)

BABY

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Eusébio de Cesareia em sua História Eclesiástica chama Simeão como “segundo bispo”, pois foi o segundo chefe da comunidade cristã primitiva de Jerusalém. O primeiro foi o apóstolo Tiago Menor, filho de Alfeu, morto no ano 63. No entanto, Simeão não parece ter sido chamado imediatamente para sucedê-lo. De fato, além de problemas internos, houve a implacável repressão militar, sob o comando do futuro imperador Tito, com a devastação da Cidade Santa, e com o Templo saqueado e destruído.
A eleição de Simeão foi relatada por Egesippo, um dos primeiros escritores cristãos, talvez palestinos, que chegaram a Roma pela da metade do século II. E, através do que foi informado por ele, o historiador Eusébio escreveu: “Depois do martírio de Tiago e da queda de Jerusalém que se seguiu imediatamente, conta a tradição que os apóstolos e discípulos do Senhor que ainda estavam vivos […] se uniram aos parentes do Senhor (a maioria ainda estava viva na época) e fizeram um Conselho para decidir quem seria digno de suceder a Tiago. Por unanimidade designaram o bispo Simeão, filho de Cléofas, mencionado no Evangelho” (História Eclesiástica, III, 11). Simeão é, portanto, filho de Cléofas e um dos dois discípulos que encontrou o Ressuscitado no caminho de Emaús, sem primeiro reconhecê-lo, como escreve São Lucas. Simeão é, portanto, chamado a liderar a única comunidade cristã composta inteiramente de judeus convertidos e forçado a migrar após a destruição de Jerusalém. Refugiou-se em Petra di Perea, além do Jordão, onde parte dos refugiados fixou moradia. A vida de Simeão foi muito longa (fala-se de 120 anos), mas sabemos pouco de sua obra.
Na época de Vespasiano e Domiciano (pai e irmão de Tito), Roma ordenou buscar os parentes de Jesus, somente porque, juntamente com outros, eles eram descendentes da estirpe de Davi e, por essa mesma razão, suspeitavam daqueles que agora poderiam ocupar seu reino. Há relatos de denúncias e prisões, mas nada é dito sobre Simeão. Para ele, o tempo do julgamento veio com Ulpio Traiano, que reinou de 98 a 116. Como seus antecessores, considerava os cristãos um perigo para o Estado, mas vetou perseguições generalizadas: eles teriam que ser atingidos através de denúncias regulares.
Simeão foi denunciado, talvez por hereges, diz Eusébio de Cesareia: “Acusaram Simeão, filho de Cléofas, de ser descendente de Davi e cristão. Sofreu, assim, o martírio, aos 120 anos, sob Trajano Cesare e o cônsul Ático”. Este último governava a Judéia e acompanhou pessoalmente o julgamento e a execução, maravilhado pela coragem de Simeão nos “muitos dias” de tortura, os quais foram seguidos pela crucificação.

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