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São Francisco de Assis

Fundador dos Franciscanos

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Kzenon | Shutterstock

Francisco nasceu em Assis, uma cidadezinha localizada na Úmbria, uma região localizada no centro da Itália. Era o ano de 1182 (ou 1181, segundo alguns) e seu pai, Pedro di Bernardone, era um dos mercadores mais ricos da cidade. Como homenagem ao nascimento de Jesus, sua mãe, Giovanna, decidiu que seu filho nasceria num estábulo; desse modo, no térreo da casa, um estábulo improvisado foi montado para que servisse de palco ao nascimento – ela mal podia imaginar que o filho iria seguir muito mais de perto os passos de Jesus: além de ser o criador do presépio, ele receberia as chagas do próprio Cristo, que lhe apareceria como um Serafim.
Após o nascimento, Giovanna decidiu dar-lhe o nome de João, em honra à João Batista, na pia batismal. O pai, Pedro, estava ausente numa viagem de negócios na França e ao seu retorno, decidiu incorporar ao nome do filho o nome “Francisco”, provavelmente em homenagem aos negócios bem-sucedidos na França. A juventude de Francisco foi como a de todos os jovens ricos de sua cidade: aprendeu os rudimentos dos estudos, trabalhava como mercante, junto com seu pai e se dedicava às brincadeiras e aos jogos com os outros jovens de sua idade. Nesse ponto, se destacava tanto que foi aclamado por seus amigos como “rex iuvenum” (Rei dos jovens).
A cidade de Assis vivia em guerra com a cidade vizinha de Perúsia. Participando em uma dessas guerras, Francisco foi feito prisioneiro e permaneceu no cárcere por cerca de um ano. Sua saúde havia se deteriorado muito e seus pais, após pagar um resgate em dinheiro, conseguiram reaver o filho querido. Mas algo havia mudado em Francisco: talvez os horrores da guerra, talvez o sofrimento no cárcere, não se sabe, mas algo começava a mudar seu ânimo. As festas que os jovens faziam já não lhe chamavam mais a atenção como antes. Chegou a pensar em mudar de cidade. De fato, viajando para o Sul da Itália – ele queria se arregimentar na cavalaria de um dos grandes nobres senhores da época – Francisco tem um sonho: nele uma voz lhe dizia para “servir o Patrão, em vez do servo” e para voltar à Assis. Voltou para casa com o desejo de servir o Senhor. Começa a viver em oração e no desapego dos bens materiais, o que lhe será fonte de grandes dissabores com o pai, que o considera louco – será famoso o episódio em que, abandonando tudo, até as roupas que o pai lhe havia dado, Francisco se deixa revestir pelo manto do bispo e assume andrajos que irão caracterizar os frades, seus futuros seguidores. Após o sonho revelador, seu segundo chamado ocorreu no ano de 1205: Francisco estava em profunda oração na capelinha dedicada à São Damião, quando o crucifixo pendurado ao fundo da igreja lhe fez, por três vezes, este convite: “Francisco, vai e repara a minha Igreja; como vês, está em ruínas!”. Imediatamente Francisco se pôs à obra, e começou a reparar a capelinha. Jesus, no entanto, pedia-lhe outra coisa: reparar a Igreja inteira! Mas isso Francisco só pôde intuir bem mais tarde.
Após uma vida dedicada à pobreza, à caridade, à evangelização, Francisco, o pobre de Assis, não poderia imaginar que, movido por inspiração divina, iria fundar uma família religiosa destinada a marcar indelevelmente o rosto da Igreja: um pequeno núcleo de amigos, seus irmãos de caminhada, que mais tarde seriam conhecidos pelo nome de frades Franciscanos.
No ano de 1226, no dia 03 de outubro, deitado na terra da pequena “porção” de igrejinha que tanto amava, a porciúncula, Francisco encontrou-se com aquela que chamava de irmã: a morte. As crônicas da época dizem que as andorinhas, que evitam as trevas, preferindo sempre as luzes do sol, nesse dia, embora já estivesse escuro, rodearam o teto da enfermaria: parecia ser a última saudação para aquele que havia composto cânticos de louvor ao Senhor com todas as criaturas.
É preciso dizer, que grande fonte de mudança, no entanto, foi toda a sua vida, que inspirou, e que continua a inspirar, a tantos homens e mulheres que, olhando para o exemplo de São Francisco, o “poverello” de Assis, buscam um encontro com Deus na humildade, no despojamento e na natureza.
São Francisco de Assis: rogai por nós!

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