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Beato José Stanek

Mártir Palotino (†1944)

STAIRS

Public Domain

Jósef Stanek nasceu em Łapsze Niżne, Polônia, a 4 de dezembro de 1916 e foi batizado no dia seguinte ao seu nascimento. Ficou órfão de pai e mãe aos seis anos de idade.
Aos 19 anos, concluiu seus estudos no colégio dos Palotinos de Wadowice e entrou no noviciado da Sociedade do Apostolado Católico, em Suchary. No dia 15 de agosto de 1935, fez a primeira consagração e, em setembro do mesmo ano, começou os estudos de Filosofia e Teologia. Foi ordenado dia 7 de abril de 1941, quando a Polônia já estava sob a ocupação nazista havia dois anos. Mergulhado nesta atmosfera exercitou o seu ministério pastoral, praticamente clandestino, e frequentou também o curso universitário de sociologia, na Universidade de Varsóvia.
Depois que irrompeu a insurreição de Varsóvia, no dia 1 de agosto de 1944, cujo fim era libertar a cidade do invasor, tornou-se capelão dos insurretos. Com extraordinária dedicação cuidou dos necessitados nos bairros de Sródmiescie e Czerniaków. Consciente de que não tinha mais sentido continuar a insurreição, Padre José procurou de todas as formas salvar o maior número possível de pessoas e para tal fim humanitário foi também tratar dos invasores. No momento em que a cidade iria ser tomada pelos invasores, lhe propuseram que fugisse numa barca, junto com um grupo, que desceria o rio Wisła. Ele cedeu o seu lugar para um ferido e permaneceu com os revoltosos a fim de não os privar da assistência religiosa.
No dia 22 de setembro de 1944, após maciços ataques das forças de ocupação contra a resistência de Czerniaków, perto das onze horas, os nazistas enviaram aos insurretos uma delegação à população civil da cidade, a fim de solicitar a rendição dos combatentes. Padre Stanek, para poupar mais vítimas, sempre de hábito palotino, foi negociar com o comando militar, numa tentativa que não obteve êxito. Pelo contrário, ele mesmo foi preso. No dia seguinte, dia 23 de setembro de 1944, vencida a resistência do bairro, ele foi enforcado juntamente com outras duas moças, no meio das ruínas de uma fábrica, no quarteirão de Solec Zdroj, diante dos olhos dos insurretos capturados e levados para a prisão. Ele contava com 28 anos de idade.
O fato foi relatado por algumas testemunhas oculares, entre elas a senhorita Halina Darska, que descreveu: “No dia 23 de setembro de 1944, antes do meio-dia, os insurretos sobreviventes e a população civil de Czerniaków foram reunidos pelos alemães entre as ruínas de uma fábrica em Solec Zdroj. Vi um padre junto a um muro, vestindo batina, mas sem sapatos, com a cabeça descoberta. Os que já estavam ali informavam uns aos outros que era o padre ‘Rudy’ isto é, Padre Józef Stanek. Perto do padre foram colocadas duas moças… Após breve espaço de tempo, o padre e as duas moças foram conduzidos às ruínas do barracão, onde – das traves de ferro – pendiam já alguns dos insurretos. Os nazistas falaram com os três, mas nós não pudemos entender o que diziam… No momento em que nos retiravam das ruínas, as cordas já estavam postas ao pescoço das moças e do padre e se lançavam para o alto das traves. O padre ergueu visivelmente uma ou talvez as suas duas mãos, como se quisesse saudar, abençoar ou absolver os que estavam presentes no barracão, não menos que duzentas pessoas. Esta imagem do padre ficará gravada para sempre em minha memória”.
Em 1945, os restos mortais do Padre Jósef Stanek foram exumados e enterrados no cemitério militar de Varsóvia.
Foi beatificado pelo papa João Paulo II, junto com outros 107 mártires católicos da Polônia, no dia 13 de junho de 1999, durante sua visita a Varsóvia.
Em 2004, o Beato Palotino foi estabelecido como o patrono da capela do Museu da Insurreição de Varsóvia.

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