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Santo Agostinho Bispo (†430)

Bispo (†430)

AUGUSTINE

Public Domain

Escritor, teólogo e filósofo nasceu dia 13 de novembro de 354, em Tagaste, próximo a Hipona, na então província romana da Numídia, África romana, hoje Souk Ahras, na Argélia.

Conhecido como o último dos antigos e o primeiro dos modernos filósofos a refletir sobre o sentido da história, foi o primeiro grande Padre do período nicênico, com pensamento próprio. Filho de pais ricos, do pagão e depois convertido Patrício e da cristã Mônica, mais tarde canonizada, levou na mocidade uma vida agitada e em atividades teatrais. Estudou retórica em Cartago (371-374), onde aos 17 anos passou a viver com uma escrava, da qual teve um filho, chamado Adeodato.

Interessou-se por filosofia após ler a obra Hortensius, de Cícero e quando também aderiu ao maniqueísmo, filosofia religiosa sincrética e dualística, fundada e propagada por Manes ou Maniqueu, filósofo do século III, que divide o mundo simplesmente entre Bom (ou Deus), e Mau (ou o Diabo). Retornando a Tagaste, lecionou retórica por um ano. Mais uma vez em Cartago, continuou no mesmo magistério, por oito anos.

Passou um ano em Roma e três em Milão, onde começou a ensinar retórica em Milão (384), onde conheceu Santo Ambrósio, bispo da cidade. Interessou-se pelo cristianismo, voltou-se para o estudo dos filósofos neoplatônicos, renunciou à vida profana e converteu-se ao cristianismo (387), sendo batizado por santo Ambrósio, juntamente com Adeodato. Retirou-se do magistério e dedicou-se mais intensamente à filosofia neoplatônica.

Finalmente, retornou à África e tomado pelo ideal da ascese, não tardou para que fundasse uma comunidade ascética. Decidiu fundar um mosteiro nas dependências da catedral da cidade, origem da ordem agostiniana, e sua influência durou até, pelo menos, o século XVII. Tal fundação foi realizada com os bens que herdara, em Tagaste (387). Nessa época perdeu a mãe e, pouco depois, o filho. Nos 10 anos anteriores ao episcopado (386-396) escreveu inúmeras obras e em 391 foi ordenado padre em Hipona, pequeno porto do Mediterrâneo, atual Annaba, na Argélia; em 395 tornou-se bispo-coadjutor da diocese e, dois anos depois, foi nomeado bispo, após a morte do bispo Valério. Da época do início do episcopado são as suas três obras mais importantes: Confissões (Confessiones, 397), autobiografia e espiritualidade, com elementos filosóficos sobre a criação e Deus; A Trindade (De Trinitate, 400-416, 15 volumes), esclarecimento sobre as pessoas divinas, à luz de elementos neoplatônicos; e A cidade de Deus (De civitate Dei, 413-426), obra mais tardia e escrita num curso mais longo de tempo (413-426), sendo uma apologia do cristianismo e uma visão do Reino de Deus, em termos de teologia da história; Retratações – dois volumes – (Retractationes, 426-427).

Por causa de sua atividade como bispo, Hipona ficou ligada a seu nome. Foi testemunha de acontecimentos decisivos da história universal, como o fim da antiguidade clássica, a invasão de Roma pelos visigodos e a decadência do Império Romano sob o ataque dos bárbaros.

Morreu dia 28 de agosto de 430 durante o cerco de Hipona pelo rei dos vândalos, Genserico, e é festejado como doutor da igreja. Ainda que atingisse a posição de um dos mais expressivos teólogos e filósofos cristãos do primeiro milênio, o seu pensamento não chegou a explicitar um sistema filosófico perfeitamente acabado.

Sua festa litúrgica é celebrada no Ocidente dia 28 de agosto, no Oriente dia 15 de junho e na Igreja Assíria do Oriente dia 4 de novembro.

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