Santa Afra

Seu nome indica uma possível ligação com a África. Seu culto está ligado à região italiana de Brescia, no norte da Itália. Por vezes ela é identificada por alguns estudiosos com Santa Afra de Augusta. Na região de Brescia a iconografia a representou na maior parte das vezes com vestes suntuosas e com os símbolos de seu martírio: a palma da vitória e uma serra – com a qual teria sido cortada ao meio. A narrativa de sua paixão é de autor desconhecido e foi inserida nas atas dos Santos Faustino e Jovita. Em outros documentos se diz que Afra era esposa de um importante personagem da nobreza local. Segundo os relatos, Afra estaria presente no anfiteatro onde foram torturados os mártires Faustino e Jovita. Ao traçar um sinal da cruz, teria parado milagrosamente o ataque de cinco touros enfurecidos que deveriam matar os santos mártires; ao contrário do que se desejava, os touros se ajoelharam aos pés dos mártires. Diante do prodígio, muitos dos pagãos que haviam ido para a arena com a finalidade de assistir ao horrendo espetáculo, se converteram ao cristianismo. Por sua vez, Afra foi denunciada ao imperador Adriano como cristã. Foi condenada e sofreu o martírio junto com sua escrava Samaritana, após a decapitação dos santos Faustino e Jovita. Uma igreja, existente desde o século III e que fora dedicada aos santos Faustino e Jovita, em 806 foi dedicada a Santa Afra. É considerada a padroeira da cidade de Brescia.