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Santa Catarina de Sena

Virgem e Doutora da Igreja (†1380)

Marie influenceuse

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Catarina Benincasa nasceu em Sena, Itália, no dia 25 de março de 1347. Filha de Jacopo Benincasa, um tintureiro que tocava seus negócios com a ajuda de seus filhos, e de Lapa Piacenti, que talvez fosse a filha de um poeta local. Catarina nasceu numa casa que existe ainda hoje e pode ser visitada. A mãe de Catarina, depois de já ter tido outros 22 filhos, tinha aproximadamente quarenta anos quando prematuramente deu à luz as gêmeas Catarina e Joana. Apesar da grande quantidade de partos, a mortalidade infantil da época era muito grande, de modo que quando as gêmeas nasceram metade de seus irmãos já havia morrido na tenra infância.

Caterina teve uma infância pobre sem condições de estudo, contudo, isso não a impediu de já aos 6 anos ter uma visão que foi o começo da manifestação de outros dons místicos que iriam caracterizar sua existência. 

Quando adolescente, ocupou-se dos serviços domésticos, demonstrando pendor especial para a oração, silêncio e obras de mortificação e penitência, a fim de mitigar os males do mundo. Com apenas dezesseis anos, ainda de luto pela morte de sua irmã mais velha, chamada Boaventura, Catarina foi pressionada pelos pais a se casar com o viúvo dela. Absolutamente contrária à ideia, não obedeceu aos pais. Mais adiante, ela desapontaria a mãe ao cortar os longos cabelos para protestar contra a constante pressão para que melhorasse sua aparência, pois assim seus pais esperavam que ela conseguisse atrair um bom marido.

Aos poucos se revelavam nela traços de uma personalidade firme. Poderia parecer que seu lugar seria em algum mosteiro de religiosas contemplativas. Mas, não. Podemos dizer que seu claustro foi a sociedade conturbada de seu tempo e a Igreja necessitada de reforma. Vestida com o hábito das “mantellate” de Ordem Terceira Dominicana, Catarina foi, sobretudo, uma cristã leiga a serviço da paz e da Igreja. Como nenhuma outra mulher na história da Igreja, Catarina, de tendência mística, foi atirada pela Providência como peça de primeira importância na vida agitada e conturbada de seu século: um século em que a mulher não tinha voz e nem vez na sociedade. Apesar disso, de sua origem humilde, ela se lançou numa atividade incrível. 

Dois males se abateram na já conturbada sociedade daquele tempo: a epidemia e o cisma. Uma epidemia assolou a Itália, ceifando um terço da população. Catarina com generosidade heroica dedicou-se ao serviço dos doentes ganhando, inclusive, a conversão de muitas almas. Escreveu centenas de cartas ao Papa, aos governantes, aos cardeais; viajou várias vezes pela Itália até Avinhão na França, numa cruzada de bem e de paz. No fim, conseguiu uma vitória inacreditável: fez com que o Papa, que há setenta anos estava exilado na França, voltasse para sua sede em Roma. O próprio papa Urbano VI enalteceu a personalidade tão extraordinária daquela mulher.

Catarina faleceu em 1380, com apenas 33 anos. A morte pôs fim a seus lamentos e a suas preocupações com a da Igreja. Costumava repetir em sua vida agitada e sofrida: “Se morrer, sabeis que morro de paixão pela Igreja”. Deixou numerosos escritos de profunda espiritualidade e cartas de alto valor histórico e religioso. Aos 29 de junho de 1461 foi canonizada pelo Papa Pio II, que em 13 de abril de 1466, declarou-a como co-padroeira de Roma. Em 18 de junho de 1939, Pio XII declarou-a padroeira da Itália juntamente com São Francisco de Assis.

Em 3 de outubro de 1970, São Paulo VI proclamou-a Doutora da Igreja, título recebido apenas alguns dias antes por Santa Teresa de Ávila (27 de setembro), o que fez delas as primeiras mulheres a receberem tal honra. Em 1 de outubro de 1999, São João Paulo II tornou-a também padroeira da Europa.

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