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Festividade do diasexta-feira 1 março

Bem-aventurada Giovanna Maria Bonomo

Abadessa (†1670)

HAPPY

Public Domain

Santo do dia

Sua família era uma das mais ricas da região. A pequena Giovanna nasceu em Asiago, uma pequenina cidade do norte da Itália, no dia 15 de agosto de 1606. Segundo o ciclo de histórias que foram se formado em torno de sua vida, Giovanna, com apenas dez meses de idade, teria dado mostras de quão extraordinária seria sua vida: teve o dom súbito da palavra que usou para fazer o pai desistir de uma má ação. Esse fato foi visto pelas pessoas mais próximas como um dom que Deus havia feito àquela bebê tão pequenina. Outros eventos extraordinários iriam ainda se apresentar: com apenas cinco anos, dava já mostras de uma grande piedade eucarística; mais tarde, ainda menina, Giovanna teria aprendido o latim sozinha, sem ajuda de professores. Em 1612, quando Giovanna tinha apenas seis anos de idade, sua mãe veio a falecer – alguns anos mais tarde, perderia seu pai. Com a ausência da mãe, seu pai a levou até o mosteiro de Santa Clara na cidade de Trento. Fez isso com a intenção de propiciar a melhor educação possível para sua pequena Giovanna. De fato, durante o período em que esteve com as Clarissas, ela recebeu uma ótima formação intelectual e espiritual. Com apenas nove anos de idade, fez sua primeira comunhão e ficou tão marcada por esse fato, que resolveu fazer voto de castidade, mantendo-se virgem para o Cristo durante toda sua vida. Com doze anos de idade ela escreve para seu pai comunicando a decisão de se tornar Clarissa: o pai, num primeiro momento não aceita. Conforme o costume da época ele desejava que sua filha se casasse, como forma de estreitar relações com outra família importante. Mas o desejo de Giovanna era tão forte, que ele não pode resistir durante muito tempo em sua negativa. Ao conceder sua permissão, Giovanna ingressou como noviça no mosteiro das Clarissas, na cidade de Trento. Diz-se que aos domingos ela tocava tão bem violino durante a missa, que inúmeras pessoas passaram a frequentar a igreja para ouvi-la. Mais tarde, quando estava com quinze anos, Giovanna foi enviada para o mosteiro beneditino de São Jerônimo. Recebeu o nome de Giovanna Maria e no dia 8 de setembro de 1622, fez seus votos de pobreza, castidade e obediência. Durante esse período, Giovanna foi agraciada com numerosas visões místicas, que se tornavam ainda mais intensas por ocasião da comunhão eucarística. Com a idade de vinte anos teve um êxtase em que Jesus lhe aparece e põe em seu dedo a aliança de um matrimônio místico. Desde essa visão, Irmã Giovanna – por alguns anos a fio – experimenta a partir das quintas-feiras – por vezes os fenômeno se estendia até as sextas-feiras ou sábados pela manhã – todas as dores e sinais da Paixão de Cristo, chegando mesmo a apresentar os estigmas da Paixão. Se, por um lado, essas experiências a enchiam de alegria, por outro, ela estava bem consciente sobre como isso perturbava sua relação com as demais pessoas, que começavam a entender que ela seria uma “santa”. Isso trazia muita angústia para Giovanna que começou a rezar e a suplicar para que esses sinais desaparecessem da vista das pessoas. Deus ouviu suas súplicas, de modo que ela pôde conduzir uma vida normal em sua comunidade. Mas sua fama de santidade se espalhava: há relatos de bilocações e de outros sinais prodigiosos. Naturalmente toda essa fama foi suscitando contrariedades e perplexidades: seu confessor chegou a proibi-la, por sete anos, de se aproximar do parlatório e de escrever cartas. Ao que parece, ele a considerou como uma “louca” e lhe proibiu até mesmo a comunhão. Além disso, houve a provação também de doenças que lhe trouxeram todo tipo de desconforto. Apesar dessas perseguições e provações, com o passar do tempo lhe foi concedido retomar suas correspondências; em junho de 1652 foi eleita Abadessa de sua comunidade. Em sua simplicidade, ensinava suas monjas que a santidade não está tanto em fazer coisas grandes, mas fazer bem as pequenas coisas do dia a dia. Muitos vinham para se consultar e conversar com essa Madre Abadessa que a todos tinha uma palavra de conforto, conversão e de caridade. Morreu no dia 1 de março de 1670. Foi solenemente beatificada pelo Papa Pio VI no dia 9 de junho de 1783. Um último milagre: por ocasião da Primeira Guerra Mundial, a cidadezinha onde nasceu Giovanna foi totalmente arrasada por bombardeios. A única coisa que sobreviveu inexplicavelmente intacta foi a estátua dedicada à Bem-aventurada Giovanna e colocada em 1908 diante do local que fora a casa onde ela houvera nascido, séculos antes.

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