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Bem-aventurado Pedro Maria Ramirez Ramos

Sacerdote e mártir (†1948)

HANDS

De Visu / Shutterstock

Era colombiano. Nascera no dia 23 de outubro de 1899 e era o quarto filho de uma família de sete irmãos. Pedro, aos doze anos de idade entrou no Seminário Menor onde se dedicou com afinco aos estudos. Quatro anos depois, ingressava no Seminário Maior de Garzón. Não obstante isso, em 1920, seguindo as indicações de seu Diretor espiritual, resolveu deixar o seminário: estava inseguro sobre sua vocação e desejava um tempo maior de discernimento. É assim que Pedro desempenhará o papel de professor por oito anos, fora do seminário, vivendo sua vida civil. Mas o chamado era verdadeiro. Por esse motivo, em 1928 entra novamente no Seminário Maior de Maria Imaculada de Ibagué, após uma longa conversa com o bispo local. Três anos depois foi ordenado presbítero e desempenhou seu primeiro ano de sacerdócio como Pároco na localidade de Chaparral. Percorreu outras paróquias ao longo dos anos e, por onde passou, deixou uma viva recordação de sua fé e virtudes. Em 1948, na Colômbia, houve na cidade de Bogotá uma revolta, que ficou conhecida como “Bogotazo”. Um candidato às eleições – Jorge Eliecer Gaitán – fora assassinado: isso foi o estopim para uma violência desenfreada nas ruas da cidade. E meio a essa violência nas ruas, Padre Pedro estava num hospital da cidade, visitando um doente. Por ser padre, alguns julgavam que ele fazia parte do partido conservador, e por esse motivo devia ser castigado. Um grupo armado tentou aprisionar o padre, mas Pedro foi salvo por uma freira, Irmã Miquelina, que abriu o convento ali próximo para que padre Pedro pudesse se refugiar. Embora insistissem para que ele fugisse, ele dizia estar convencido que Deus o chamava a estar com sua gente, ali, naquele lugar. Na manhã do dia 10 de abril, após a celebração da missa, conseguiu ainda confessar um doente e visitar vários detentos. Com medo de uma invasão e para preservar o Santíssimo Sacramento, distribuiu a comunhão às irmãs do Convento para que comungassem. Pôde finalmente escrever rapidamente uma carta, que se tornaria seu testamento: “Desejo morrer por Cristo e na sua fé”. Além disso, dedicou palavras aos seus familiares, ao bispo e ao seu diretor espiritual. Por volta das quatro e meia da tarde, um grupo entrou na igreja e no convento em busca de armas escondidas. Nada encontrando, começaram a gritar para as irmãs: “Entreguem o padre ou todas vocês morrerão!”. Padre Pedro foi amarrado e arrastado pela rua sob gritos, vaias e xingamentos. Foi linchado em praça pública. Testemunhas disseram ter ouvido as palavras dele, enquanto lhe batiam: “Pai, perdoa-lhes. Tudo por Cristo”. Morreu com um tiro na nuca. Seu corpo foi abandonado na entrada do cemitério, até que algumas prostitutas levassem o corpo para uma fossa. Apenas no dia 21 de abril as autoridades puderam resgatar seu corpo e fazer uma autópsia. Mais tarde foi sepultado no túmulo da família. Papa Francisco o beatificou no dia 8 de setembro de 2017, por ocasião de sua visita apostólica à Colômbia.

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