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São Paulino de Nola

Bispo (†431)

PAULINUS OF NOLA

Wellcomeimages.org CC

Nome: Pôncio Merópio Anício Paulino. Nasceu no ano de 354, em Bordéus, na Gália, numa nobre família romana, proprietária de muitas posses na Gália, Espanha e sul da Itália. Nasceu em família de fé cristã com boa formação; como era comum naquele tempo, somente aos 35 anos de idade recebeu o batismo das mãos de Ambrósio, o santo bispo de Milão. O batismo marcou para ele o início de nova fase de vida, mais voltada para assuntos espirituais. Casou-se com Tarásia, senhora de nacionalidade espanhola, igualmente dotada de bens espirituais e materiais. Como governador da província de Campânia, no sul da Itália, teve contato com a devoção do povo da região a São Félix. Ao deixar o cargo de governador, retornou a Bordéus, onde continuou a aprimorar-se na arte poética.
Voltando à França, faleceu o seu único filho. O choque dessa morte o levou a abandonar a vida pública. Retirou-se numa propriedade de sua esposa, em Barcelona, Espanha, onde a meditação das belezas morais do cristianismo inspirou-lhe a composição de obras poéticas, que o colocaram entre os mais destacados cantores do cristianismo primitivo. Alguns de seus hinos entraram para a liturgia do Breviário. Repartiu seus bens aos pobres e foi ordenado sacerdote, em 394.
Depois de pedir conselhos a São Jerônimo, retirou-se para Nola, no sul da Itália, a fim de morar com a esposa – nesse período o celibato não era obrigatório para os padres -, junto ao sepulcro de São Félix. Fez construir várias celas e uma capela, que depois foi ampliada em uma grande basílica em honra a São Félix. Ali viveram ele, companheiros e a esposa numa espécie de vida monástica.
Com a morte do bispo de Nola, diocese situada na província de Nápoles, Paulino foi eleito seu sucessor por aclamação do povo contra sua vontade, em 409.
O novo cargo revelou suas altas qualidades de pastor. Dedicou-se à prática sistemática da caridade com a fundação de hospitais para os pobres. São Gregório Papa narra o fato de Paulino ter-se entregue aos vândalos como refém, sendo deportado para a África, em substituição do filho único de uma mãe viúva. Mais tarde, libertado, continuou em precioso apostolado, exemplo vivo de santidade.
Faleceu no dia 22 de junho de 431, aos 77 anos, na Sicília, Itália, tendo regido a Igreja por vinte e dois anos com grande sabedoria e paternidade.
Segundo o Papa Bento XVI sua conversão impressionou seus contemporâneos, que o reprovavam pelo desprezo pelos bens materiais e o abandono da sua vocação de literato, ao que Paulino replicava que a sua entrega aos pobres não significava desprezo pelos bens terrenos, mas o contrário valorizava-os ainda mais para o fim mais alto da caridade e que “uma nova estética governava a sua sensibilidade: a beleza de Deus encarnado, crucificado e ressuscitado.” (Audiência geral, 12/12/2007).

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