Bruno era filho do duque Conrado I e Matilde da Suábia, parentes do pontífice Gregório V e dos imperadores Conrado II e Henrique III.
Bruno foi chefe da chancelaria imperial italiana de 1027 a 1034, quando Conrado II o nomeou para o bispado de Würtzburg. Ardendo de zelo, cuidou da educação do clero, fundou e dotou muitas igrejas da diocese com renda e reconstruiu, em grande parte às suas próprias custas, sua catedral.
Em 1040, acompanhou o imperador Henrique III em uma viagem pela Alemanha. Dois anos mais tarde, em 1042, o santo bispo presidiria o casamento de Henrique com Inês de Poitou, filha de Guilherme da Aquitânia.
Em 1045, Bruno seguiu novamente o imperador em sua expedição contra a Hungria que, no entanto, iria ser fatal para ele. A comitiva real chegou em Persenberg no Danúbio e foi alojada no castelo da Condessa Reichilde. A construção, porém, devia estar em péssimas condições porque, enquanto Henrique III e seus homens estavam à mesa da sala de jantar, o piso afundou. O imperador conseguiu se salvar, alguns comensais ficaram feridos, outros morreram. Bruno sofreu ferimentos tão graves que, após uma semana de sofrimento, veio a falecer em 27 de maio de 1045. Seu corpo foi trazido de volta a Würtzburg e enterrado na cripta da catedral.
Segundo a tradição, o Senhor quis glorificar o santo com numerosos milagres, tanto que se pensou recorrer a Roma para a canonização (1237), mas Gregório IX respondeu com um comunicado (1238) ordenando realizar primeiramente um exame dos milagres e enviar-lhe em seguida a relação destes. Mais tarde, o Papa Inocêncio IV, por sua vez, ordenou recolher informações sobre a vida e as virtudes do bispo, porque “nem méritos sem milagres, nem milagres sem méritos bastam para constituir fama de santidade”. Não sabemos com certeza se esta segunda ordem foi cumprida: sabemos, porém, que Bruno foi inserido no Martirológio Romano em 27 de maio. Würtzburg celebra sua festa no dia 17 do mesmo mês.