Bem-aventurada Rosa de Viterbo

Logo após sua morte, no ano 1252, o papa Inocêncio IV pensou em proclamá-la santa. Ordenou que fosse aberto um processo canônico, mas a quanto parece, esse processo não teve início. No século XV, outro papa, Calixto III, também dá ordens de instaurar um novo processo. Este é iniciado, mas não chegará a terminar, pois o papa, nesse ínterim, acaba falecendo. No entanto, o nome de Rosa aparece no Martirológio romano já a partir de 1583. Sua vida foi muito breve. Filha de piedosos agricultores da região, durante sua adolescência sofre de uma grave doença. Por esse motivo é admitida imediatamente na Ordem terceira de são Francisco. Contra toda esperança, Rosa se restabelece e começa, influenciada provavelmente pelo exemplo de são Francisco, a percorrer as estradas de Viterbo anunciado Jesus Cristo e incitando as pessoas à fidelidade para com a Igreja. De fato, os tempos de Rosa são muito difíceis: questões políticas envolvendo a Sé romana e o Imperador Frederico II chegam até a cidade de Viterbo, que logo fica dividida entre facções políticas rivais. A tensão paira no ar, mas a pequenina Rosa não esmorece: continua a sair pelas ruas fazendo sua pregação e convidando à fidelidade ao papa e à Igreja. Dizem que suas palavras eram irresistíveis e confundiam até os mais sábios. Por esse motivo começa a ser olhada com suspeição. Sofrerá o exílio e, pouco antes de sua morte, teria tido a visão de um anjo que lhe preanunciara a morte do Imperador e o apaziguamento da cidade de Viterbo. Foi sepultada na igreja de Santa Maria in Poggio. Curiosamente, como já acenado, sua canonização oficial não chegou a termo, mas o povo entendeu que Rosa era santa. Ecoando essa percepção popular, o próprio papa Bento XV, em 1922 a proclamou como padroeira da juventude feminina da Ação Católica.