Nasceu em Metz, na França, no dia 25 de agosto de 1817. Sua família era de origem italiana e seus pais eram um perfeito paradoxo: o pai era um liberal que desdenhava da religião; a mãe, em contrapartida, era uma mulher muito devota e religiosa, que conseguiu, a despeito do marido, educar a filha dentro dos princípios do cristianismo. É bem verdade o que dizem alguns autores de textos espirituais: “o verdadeiro amor preenche abismos”. Foi assim que a mãe de Ana conseguiu colocá-la no colégio de Metz, de clara inspiração cristã católica. No dia de sua primeira comunhão, após receber uma catequese adequada no colégio, Ana teve sua primeira inspiração para a vida religiosa. Com a chegada da adolescência, uma doença a levou ao isolamento e a terminar os estudos por conta própria. Seu Calvário, no entanto, estava começando: a família de Ana se reduziria à pobreza em virtude da perseguição política que seu pai sofrera e, com apenas 15 anos de idade, Ana perde a mãe, vitimada por uma epidemia de cólera. Arrasada ela vai viver em Paris na casa de parentes que procuram ajudá-la da melhor maneira possível. Esses revezes, a falta constante de dinheiro e o afastamento da vida na paróquia, fizeram com que Ana esquecesse o que havia recebido na sua primeira infância. Contudo, a semente havia sido plantada. Na quaresma do ano 1836, ouvindo uma pregação do Padre Lacordaire, a semente que estava em seu coração parecia ter explodido numa expansão de vida espiritual. Quase que imediatamente procurou direção espiritual na figura do abade Maria-Teodoro Combalot, que a convidou para fazer um noviciado nas irmãs Beneditinas de Paris e, mais tarde, nas Irmãs Visitandinas. Aí recebeu sua formação no estudo da teologia dogmática e moral, bem como na área da pedagogia e da Sagrada Escritura. Três anos depois, junto com outras três companheiras e todas apoiadas pelo abade Combalot, Ana fundou a Congregação da Assunção de Maria, que se dedicava à formação cristã das jovens da elite local, que, me geral, era refratária à religião. Em 1844, Ana fez sua profissão e assumiu o nome de Maria Eugênia de Jesus. A Congregação unia à vida contemplativa, a vida ativa e para tanto, se exigia das Irmãs uma sólida formação intelectual e espiritual, fundamentada no Jesus eucarístico. Madre Eugênia revelou grandes dotes de organização e espiritualidade, permanecendo como Madre superiora da fundação até o dia de sua morte, ocorrido no dia 10 de março de 1898, em Paris. A pequena semente que brotara em seu coração, tornou-se uma frondosa árvore com várias casas espalhadas em várias regiões fazendo obras de caridade a milhares de pessoas necessitadas. O Papa Bento XVI a canonizou no dia 3 de junho de 2007.
Oração do dia
Festividade do diaHistórias de SantosSanta Maria Eugênia de Jesus (Ana Milleret de Brou)
Religiosa, fundadora (†1898)
Marta León
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