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Bem-aventurada ngela (Aniela) Salawa

Virgem e terciária franciscana (†1922)

RAINBOW

Public Domain

Santo do dia

Muitas vezes se crê que a santidade está destinada apenas a pessoas “escolhidas”, isto é, a grandes “personalidades” ou com uma vida cheia de fatos grandiosos. Nada mais falso. A verdade é que Deus chama a todos para empreender um caminho de santidade. Não importa a cultura, posição social, riqueza. Tudo depende da resposta de cada um a essa chamada universal. Mesmo as pessoas mais simples podem atingir graus de santidade que comunicam a presença de Deus em meio a sociedade. Assim foi a vida da bem-aventurada da polonesa ngela Salawa, uma mulher simples, mas reluzente pela presença de Cristo. Nascida no dia 9 de setembro de 1881 na Polônia, em Siepraw, nas proximidades de Cracóvia, ngela era a penúltima de uma família de doze filhos. Seu pai era ferreiro e a mãe, dona de casa dedicada ao lar e à educação da numerosa prole. ngela recebeu uma sólida educação religiosa de seus pais, com doze anos fez sua primeira comunhão. Quando completou quinze anos foi trabalhar para ajudar a família. Começou trabalhando em casas de família, fazendo um pouco de tudo: levava comida para as vacas, carpia os matos e cuidava das crianças. Apesar de o pai insistir para que ela se casasse, ngela decidiu que não era ainda chegado o momento. Em vez disso, transferiu-se para Cracóvia para trabalhar como doméstica. Nos primeiros dias foi para a casa de sua irmã Teresa; para ela confessou que não se sentia absolutamente chamada ao matrimônio. Em seguida foi trabalhar numa casa de família onde se dedicou intensamente ao trabalho doméstico. Tinha apenas dezesseis anos e era muito atraente. Infelizmente o patrão começou a se insinuar e ngela, não pensou duas vezes: deixou o trabalho e foi procurar outra família para continuar com seu sustento. Assim, o tempo foi passando até que ngela foi retornou a Cracóvia, pois sua irmã mais velha, Teresa, que igualmente trabalhava como doméstica, estava doente; de fato, iria falecer no dia 25 de janeiro de 1899. Chocada pela perda da irmã querida, ngela sentiu uma voz interior que lhe convidava a empreender um caminho diferente do que ela havia percorrido até então. Foi quando começou a frequentar com maior assiduidade a igreja e a dedicar momentos do dia a intensa oração. Com a ajuda de seu confessor e diretor espiritual, o Padre Estanislau Mieloch, ngela se consagrou a Deus com voto de castidade perpétua. Entendeu que Deus a chamava a desempenhar um apostolado entre as empregadas domésticas; foi assim que começou um humilde mas duradouro trabalho de apostolado, reunindo, instruindo e dirigindo um grupo cada vez maior de domésticas. Em 1911 foi acometida por uma doença dolorosa, que a acompanhou por longo tempo: foi um período de escuridão, pois sua mãe faleceu nesse mesmo tempo, assim como a senhora com quem trabalhava e que apoiava amplamente seu apostolado. Também as companheiras que antes se reuniam com maior frequência, se afastaram dela. Nesse período ngela se dedicou com maior intensidade à oração e à meditação experimentando alguns fenômenos místicos. Em 1912 ingressou na ordem terceira de São Francisco e, em 1913, emitiu seus votos. Durante a deflagração da Primeira Guerra Mundial ngela se dedicou a ajudar os prisioneiros de guerra com suas poucas economias; além disso, visitava os doentes e os feridos no hospital de Cracóvia: nesse ambiente era respeitosamente chamada de “a santa senhorita”. Após mais um período difícil, sem trabalho, doente, mas com muitas consolações do Senhor. Em 1918, já muito doente, deixou os trabalhos temporários que conseguia e se retirou num pequeno sótão: passava seu tempo em oração e recebendo a comunhão quotidiana que seu confessor lhe levava. Suas companheiras iam visitá-la com constância. Após muito sofrimento, foi levada para o hospital de Santa Zita em Cracóvia, onde veio a falecer santamente no dia 12 de março de 1922. No dia 13 de agosto de 1991, São João Paulo II a beatificou em Cracóvia, durante a viagem do santo padre a Polônia.

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