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Santa Maria Catarina Kasper

Virgem, fundadora (1820-1898)

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MIA Studio / Shutterstock

Nasceu no dia 26 de maio de 1820 em Dernbach, uma das tantas aldeias do interior da Alemanha. Sua família era grande – ao todo eram oito irmãos – e todos trabalhavam no campo. Embora fosse gente simples, a família era muito religiosa e fez o que pôde para dar uma boa educação aos filhos. Catarina não pôde frequentar a escola por muito tempo, mas cultivou ao longo de toda sua vida uma paixão pela leitura: desde pequena amava ler a Bíblia e o livro da “Imitação de Cristo”. Como ela mesma escreveu, sentiu o chamado ainda muito menina sem compreender ainda bem o significado desse desejo que sentia no profundo de seu coração. Durante sua adolescência trabalhou como braçal nos campos; chegou mesmo a trabalhar na extenuante ação de quebrar pedras para calçamento de estradas. Durante o trabalho, na solidão, era o momento em que ela tinha profundos diálogos com Deus, provocando nela uma imensa alegria que se externava por meio dos cantos que aprendia na igreja. No ano de 1842, seu pai e seu irmão vieram a falecer. Logo o peso da falta de dinheiro levou a mãe de Catarina a vender a casa e, em virtude da pobreza, a família acabou se desagregando. Catarina e a mãe foram viver numa casa alugada, que era paga por meio dos trabalhos que as duas desempenhavam numa tecelagem. Após a morte de sua mãe, Catarina se sentiu livre para se dedicar ao Senhor totalmente: procurou o bispo e com o apoio de paroquianos, convenceu-o a abrir uma pequena casa em que seria possível reunir algumas noviças: era o ano de 1845 quando Catarina fundou a Associação de Caridade. Em sua simplicidade ela ia conseguindo angariar simpatias e fundos para a iniciativa. Logo vieram novas vocações e, com o apoio de amigos e do bispo foi sendo criada a família religiosa das Pobres Servas de Jesus Cristo. No dia da Assunção de Nossa Senhora, fizeram seus primeiros votos e Catarina incorporou o nome de Maria ao seu nome de batismo: Madre Maria Catarina. Apesar da pouca formação, tinha um extraordinário dom de discernimento dos espíritos, dedicando-se o mais que pôde à formação das aspirantes que desejavam incorporar a comunidade das Pobres Servas. Embora fosse a Madre fundadora, nunca deixou de fazer os serviços mais humildes, dando grande exemplo às suas irmãs. Aos poucos a família foi se ampliando e novas casas iam sendo abertas. Madre Maria Catarina as visitava sempre, indo à pé ou por meio dos transportes mai econômicos. Conhecia cada irmã pelo nome, dando provas nisso de uma extraordinária memória. Em 1859, a congregação ultrapassou as fronteiras da Alemanha: uma nova casa foi aberta na Holanda, em 1868 uma casa foi aberta nos Estados Unidos. Em 1890, a Santa Sé aprovou as Constituições. Por essa época, a fundadora havia acolhido os votos de cerca 400 irmãs. Madre Maria Catarina sofreu no dia 27 de janeiro de 1898 um infarto e poucos dias depois, no dia 2 de fevereiro morreu rodeada por suas filhas espirituais. Os milagres que contribuíram para beatificação ocorreram da seguinte maneira: Irmã Maria Herluka foi milagrosamente curada de uma meningite em 1945 e, por ocasião da tranferência do corpo de Madre Catarina para a casa mãe, no ano 1950, houve o milagre de Irmã Otilde. Nessa casa, Irmã Otilde, quase cega e há anos numa cadeira de rodas, por ocasião da chegada do corpo de Madre Maria, ela estranhamente ouviu a voz da Madre, levantando-se para atender ao chamado, percebeu que estava completamente curada. São Paulo VI beatificou Madre Maria em 1978 e, em 2011, houve mais um milagre que abriu as portas para a canonização: após um acidente de carro, um religioso foi levado para o hospital com lesões muito sérias. Nesse hospital havia algumas Pobres Servas, que iniciaram uma novena pedindo a intercessão da Madre. No dia 27 de novembro de 2011, os médicos declararam a morte clínica do religioso. O superior começou os preparativos para os funerais. No final da tarde, uma das irmãs se aproximou do corpo do religioso, o tocou e o chamou pelo nome: notou um movimento e viu que ele abriu os olhos. Pode-se imaginar a surpressa geral. O religioso (Irmão Leo) ficou em obervação e, no dia 4 de janeiro de 2012 foi liberado do hospital sem ter feito sequer alguma cirurgia. Em 2018, Papa Francisco celebrou a canonização da Madre no dia 14 de outubro.

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