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Bem-aventurado Gervásio Brunel

Sacerdote e mártir (†1794)

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Public Domain

Nas horas mais obscuras da revolução francesa inúmeros sacerdotes e religiosos, considerados então inimigos do povo, foram caçados, presos e jogados nas prisões francesas. A grande maioria destes foram conduzidos em marchas forçadas até a zona costeira da França para serem deportados para a Guiana. Muitos jamais verão essa terra estrangeira, pois conhecerão a morte nas masmorras do regime. Na primavera de 1794 muitos desses prisioneiros jaziam na fortaleza da Gironda ou em navios negreiros ancorados na ilha de Aix, próximo a Rochefort. Nesses navios, as condições de vida eram tais que, em poucos meses, dois terços dos deportados haviam perecido. De um total de 829 prisioneiros, 547 haviam morrido em virtude dessas condições subumanas. A grande lotação, as fumigações matinais que empesteavam o interior dos barcos que, em vez de procurar a purificação do ar, sufocavam os prisioneiros, a falta de comida e os piolhos, tornaram esses navios um verdadeiro e próprio inferno. O golpe de Estado do dia 9 de termidor iria melhorar um pouco aquela situação, por muitos chamada de “guilhotina seca”. Desses mortos, no dia 1 de outubro de 1995, o Papa São João Paulo II beatificou 64 pessoas como mártires, dentre estes Gervásio Brunel, monge de grande piedade, caridade e espírito de abandono. Ele morreu com a idade de 50 anos no hospital improvisado da ilha de Madame. Morto pelo tifo e reduzido a condições extremadas, morreu no dia de seu desembarque: 20 de agosto de 1794. Tentava chegar na Suíça para viver sua vida de monge, mas fora aprisionado e condenado à deportação. Um documento desse período faz menção à Dom Gervásio como “um dos mais conhecidos condenados, homem religioso, fervoroso, de piedade e de grande virtude”.

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