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São Cesário de Arles

Bispo (†543)

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Cesário nasceu em Chalon-sur-Saône numa família galo-romana de recursos limitados. No momento de seu nascimento, os reis germânicos regiam a Borgonha.
Cesário saiu de casa aos dezessete anos e estudou com o Bispo Sylvester por alguns anos. Depois, entrou para o mosteiro de Lérins, um mosteiro sobre uma ilha, que era conhecido por ser um dínamo importante para as forças criativas do trabalho na Igreja da Gália Romana.
Após a formação para ser monge de Lérins, dedicou-se a ler e aplicar as escrituras na esperança de melhorar a qualidade e a organização da vida cristã e servir os pobres. Em pouco tempo tornou-se mestre de todo ensino e disciplina do mosteiro, e foi nomeado celereiro.
Depois de viver em Lerins por mais de uma década, Cesário procurou uma comunidade clerical diferente, em Arles. Quando chegou à cidade, Cesário diz que descobriu, para sua surpresa, que o bispo de Arles – Aeonius – era um conterrâneo de Chalon-sur-Saône. Aeonius mais tarde ordenou seu jovem conterrâneo diácono e depois presbítero. Durante três anos, ele presidiu um mosteiro em Arles, mas deste edifício não sobrou um só vestígio.
Com a morte de Aeonius, cidadãos e pessoas de autoridade, como o próprio Aeonius tinha sugerido, elegeram Cesário, que foi consagrado bispo em 502, tendo provavelmente cerca de 33 anos de idade. No cumprimento de suas novas funções, ele foi corajoso e exibiu grande poder de adaptação. Fez um grande esforço para induzir os leigos a participarem do Ofício sagrado e pediu para que os fiéis estudassem a Bíblia em casa, e que tratassem a Palavra de Deus com a mesma reverência como os sacramentos.
Por duas vezes ele foi acusado de traição contra Alarico II e depois contra Teodorico, mas nas duas vezes ele foi honrosamente absolvido.
Em 512, fundou o mosteiro São João de Arles, onde sua irmã foi abadessa. Em 513, o Papa São Símaco lhe impôs o pálio. Uma biografia de Cesário, foi escrita por seu discípulo Cipriano, bispo de Toulon.
Nomeado vigário da Sé Apostólica, para e Gália e a Espanha em 514, ele convocou e presidiu vários concílios; entre os quais o Concílio de Arles, em 524,o Concílio de Carpentras em 527, o Concílio de Vaison em 529 e o II Concílio de Orange em 529, talvez o mais importante, no qual o semipelagianismo foi condenado e onde foi adotada a formulação teológica da graça, como defendida por Agostinho de Hipona, contra aqueles que, a exemplo de João Cassiano, haviam dado um papel mais importante ao livre arbítrio. Mesmo estando ausente nos Concílio de Valência, em 530 e nos Concílios de Orleans em 533, 538 e 541, e no Concílio de Clermont, em 535, suas ideias serviram de inspiração e muitas delas foram adotadas.
Escreveu vários tratados: Libellus de mysterio sanctae Trinitatis, Breviarium adversus haereticos, Opusculum de gratia, Exhortationes e alguns livretos publicados pela Bibliotheca Patrum (Leida, 1677). Estes incluem os sermões e homilias, cerca de 238, alguns publicados em Basileia, 1558 e outros publicados pela Bibliotheca Patrum em Veneza, 1776.
Suas obras mais conhecidas são as duas regras monásticas que escreveu: Regula ad monachos, para comunidades monásticas masculinas, e Regula ad virgines, para comunidades monásticas femininas. A combinação das duas regras é conhecida como a Regra de São Cesário.
Faleceu dia 27 de agosto de 543 e antes de morrer já tinha fama de santidade. Cesário foi enterrado na Basílica de Santa Maria, devastada durante a invasão sarracena do VIII século. Somente o envoltório de seu sarcófago foi preservado em Arles.

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