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Bem-aventurado Frei Maria Eugênio de Jesus Menino (Henrique Grialou)

Sacerdote, Carmelita e Fundador (+1967)

GATIAN

Goldmund100 CC

No dia 02 de dezembro de 1894 nasceu Henrique Grialou. Veio ao mundo numa cidadezinha pequenina – Le Gua – na região francesa do Aveyron. Era o terceiro, dos cinco filhos que o casal Augusto e Maria tiveram. Seu pai, Augusto, trabalhando no duro emprego na mineração de carvão acabou por ficar doente de tuberculose e morrendo, de modo que com menos de dez anos de idade, Henrique se viu órfão de pai. Sua mãe teve então que enfrentar trabalhos duros para poder sustentar os filhos; em certa ocasião, ela teve que quebrar o gelo do lago para poder lavar as roupas de seus clientes. Apesar das dificuldades, o pequeno Henrique todas as manhãs, antes de ir à escola, ia até a igreja de sua cidadezinha para rezar; nessas visitas acabou compreendendo que Deus o chamava para o sacerdócio. Em 1905, com apenas onze anos de idade, recebeu a oferta de entrar na Escola Apostólica, uma entidade gerenciada pelos missionários Espiritanos para os aspirantes ao sacerdócio. Sem pensar duas vezes, Henrique decide entrar nessa escola; para tanto, pega um trem sozinho e desembarca no norte da Itália, na região do Piemonte. Aí permanecerá por dois anos, sem voltar para casa. Ao retornar, porém, voltou ainda mais convencido que sua vocação era o sacerdócio. Durante esse tempo Henrique descobre os escritos de Teresinha do Menino Jesus – que nesse momento não era ainda sequer bem-aventurada. A leitura desses textos o deixaram tão impressionado que marcaram indelevelmente sua vida espiritual. Entrementes inicia a Primeira Guerra Mundial. Em 1913, Henrique se alista como voluntário no exército francês. Sua bravura foi demonstrada em mais de uma ocasião, a ponto dele obter a patente de Tenente e uma condecoração com a cruz de guerra e a legião de honra. Apesar de sua breve carreira militar, o chamado ao sacerdócio era mais forte: entra no seminário maior e, em 1920, recebe a ordenação diaconal. Após a ordenação, no entanto, descobre ser chamado para a vida religiosa, mas ele aguarda sua ordenação presbiteral para comunicar sua decisão. No dia 4 de fevereiro de 1922 é ordenado sacerdote e, vinte dias depois, sem dizer nada a ninguém, entra no Carmelo de Avon. No dia 10 de março de 1923 recebe o hábito religioso e o novo nome de Frei Maria Eugênio de Jesus Menino. Ao longo do noviciado aprofundou seus estudos na espiritualidade dos santos carmelitas, particularmente de Teresa de Lisieux, que seria canonizada em 1925. Após uma vida dedicada à pregação e à oração, Frei Maria Eugenio tornou-se prior, e mais tarde, em 1937, foi eleito terceiro definidor geral, tendo que se transferir para Roma por um determinado período. Durante esse período viu-se envolvido com a fundação do Instituto Nossa Senhora da Vida, ao qual dedicou especial atenção. Em 1959 surge sua publicação “Quero ver a Deus”, voltada para todos os públicos, ela é conhecida também aqui no Brasil; nessa obra ele mostra que o encontro com Deus pode ocorrer, na fé, desde aqui na terra. Após tantos trabalhos pastorais, uma pneumonia o atingiu, levando-o a escrever seu testamento. Apesar da saúde debilitada ele resistiu até o dia 27 de março de 1967, uma segunda feira de páscoa, dia em que, dez anos antes, ele tinha escolhido como a data de comemoração de Nossa Senhora da Vida. No dia 19 de novembro de 2016, papa Francisco o declarou Bem-aventurado.

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