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Santo Abraão

Anacoreta († 366)

ROSE

Public Domain

Abraão nasceu em 296, Edessa, atual Síria, no seio de uma família abastada. Recebeu uma boa educação cristã, pois seus pais erma leigos praticantes e fervorosos.
Quando estava em idade de se casar, seu pai escolheu uma noiva para ele, mas Abraão quis casar-se, queria ser eremita e viver em oração, contemplação e penitência, dedicando-se só a Deus. No entanto, a família não respeitou sua escolha e o pressionaram para que se casasse. Não tendo como fugir, no próprio dia do casamento, abandonou tudo e todos. Foi encontrado dezessete dias depois, numa caverna isolada, perto da cidade de Edessa. Não aceitou voltar para casa apesar das súplicas dos pais e ali ficou por dez anos. Quando da morte de seus pais, Abraão viu-se obrigado a abandonar o seu local de morada e teve de cuidar de sua herança familiar. Pediu ao bispo de Edessa que distribuísse tudo pelos pobres, pois era seu amigo. A rápida saída de seu eremitério, fez com que o bispo, que precisava de um sacerdote para uma missão especial, ordenasse Abraão e lhe confiasse a missão de padre missionário em Beth-Kiduna, terra onde todos eram pagãos e idólatras.
Um ano se passou, de evangelização dura. Abraão, com a ajuda dos habitantes locais, construiu uma igreja, pois todos se tinham já convertido ao cristianismo.
Abraão achava que a sua missão já tinha sido cumprida e ansiava ser substituído por outro sacerdote para poder voltar à sua vida solitária. Rezou muito a Deus e o seu pedido foi atendido, voltou à solidão do deserto de Edessa. Por esta missão em Kiduna, ficou conhecido como Abraão Kidunaia (Qidonaya).
Abraão ainda deixou a sua caverna por duas vezes. Uma, quando um de seus irmão morreu e outra quando foi ajudar sua sobrinha. Recebeu-a, educou-a, ensinou-lhe tudo sobre a palavra de Cristo. No entanto, a jovem Maria preferiu os prazeres mundanos e fugiu para a cidade mais próxima. Abraão disfarçou-se de soldado, a encontrou e ela se converteu definitivamente. Maria viveu quinze anos praticando a caridade. Passou a ser conhecida como Maria de Edessa. Diz-se que operou várias graças ainda em vida.
Muita gente ia ao deserto receber ensinamentos de Abraão de Kidunaia.
Morreu com setenta anos de idade, no ano de 366.
Seu túmulo tornou-se lugar de peregrinação, de prodígios e de graças.
Sabemos de sua vida virtuosa graças a um de seus maiores admiradores que escreveu sua biografia, Santo Efrém.

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