São Ciríaco de Jerusalém

O douto judeu chamado Judas, segundo uma antiga tradição, após ter visto ser desenterrada a verdadeira cruz de Jesus Cristo, daquilo que fora anteriormente o Calvário, teria tido uma experiência interior fortíssima, que o levou a abraçar o cristianismo. Essa mudança o fez até mesmo trocar de nome: de Judas, agora se faria chamar “Ciríaco”, (isto é, “dedicado ao Senhor”). Posteriormente se tornará bispo de Jerusalém e aí morrerá como mártir, sob a perseguição do imperador Juliano, o Apóstata. Outra tradição, no entanto, sugere que Ciríaco teria abandonado Jerusalém, em virtude de querelas com os judeus, para ir até a Itália, onde teria desembarcado na cidade de Ancona. Nessa cidade teria sido eleito bispo e, após muitos anos à frente da cidade da igreja local, Ciríaco teria desejado rever sua terra natal. Tendo chegado na Palestina, aí teria sofrido o martírio pela espada do imperador Juliano. Mais tarde suas relíquias teriam sido reconduzidas à cidade de Ancona por um feito milagroso: seus restos mortais encerrados numa caixa feita com juncos teriam chegado às praias de Ancona pela simples força das ondas e do vento. Como recordação desse evento milagroso, todo dia 4 de maio, a catedral de Ancona distribui pequenos maços de junco benzidos.