Em um artigo anterior, expliquei a origem cristã da festa de Halloween e como ela foi sofrendo modificações ao longo do tempo, com adições procedentes de outras culturas e religiosidades, além da influência de Hollywood, até chegar à comemoração que conhecemos hoje.
Nosso foco aqui é a ideia de que é preciso purificar esta comemoração que, por diversas circunstâncias, está cada vez mais distante das suas raízes cristãs. Por isso, é importante também corrigir numerosos mitos sobre a sua origem, que não correspondem à verdade histórica.
Somente assim poderemos recuperar seu sentido mais autêntico e aproveitar esta festa como um momento especial para a evangelização e a catequese, contribuindo também para a purificação da religiosidade popular.
Então, é lícito que um cristão católico participe da festa de Halloween? Esta é uma pergunta inevitável e, ao respondê-la, é preciso levar em consideração as circunstâncias e o contexto em que o Halloween é comemorado.
Apresento, a seguir, uma modesta tentativa de sugerir alguns critérios para o seu discernimento:
1. Como pano de fundo, precisamos lembrar disso: o Halloween não é uma festa de origem pagã nem tem conexão com o satanismo. É uma festividade de origem cristã – que precisa ser recuperada, dando-lhe seu autêntico sentido.
2. Fantasiar-se não é sinônimo de participar de rituais satânicos.
3. É preciso evitar o consumismo exagerado, não se deixando levar pelos caprichos da moda.
4. É necessário ter certo cuidado com o gosto pelo tenebroso, tétrico, como vampiros, bruxas, demônios, homens-lobo etc.
5. Pode-se motivar o uso de fantasias que não sejam de terror. Já é uma prática comum fantasiar-se de princesas, palhaços, cowboys, super-heróis etc. E, no mundo cristão, está cada vez mais estendido o costume de fantasiar-se de anjos, personagens bíblicos e santos.
6. É preciso recordar que um dos eventos que as crianças mais aguardam é o Halloween. Como vimos, é uma comemoração que foi adotada somente como uma noite divertida, cheia de doces e fantasias.
7. Se seus filhos forem sair para pedir doces, procure que vão em grupos e acompanhados de adultos responsáveis. É aconselhável o uso de lanternas e fitas refletivas, por segurança. Caminhar somente na calçada, e sem correr. Usar máscaras e fantasias que não bloqueiem a visão.
É bom evitar tocar a campainha de casas muito escuras. Escolher casas decoradas, pois isso indica que estão preparadas. Mas é preciso evitar entrar nas casas. Pode-se também determinar um número específico de quarteirões a serem visitados. E, já em casa, os pais devem examinar os doces, para jogar fora os que não pareçam seguros, e racionar o número de guloseimas que os pequenos consumirão por dia.
Guia para os desconcertados com a festa de Halloween

© Kichigin/SHUTTERSTOCK
Jorge Luis Zarazúa - publicado em 31/10/13
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