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As comparações podem ser boas?

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Donnie Ray Jones-(CC BY 2.0)

Javier Fiz Pérez - publicado em 02/08/18

E quando elas começam a prejudicar a sua vida?

Comparar-se com os outros é algo que acontece naturalmente. Nossa identidade se desenvolve durante os primeiros anos de vida e na adolescência. Esse processo se dá mediante a aceitação dos outros, a comparação com os demais e a descoberta de si mesmo a partir dessa comparação.

Nesta fase da vida tudo é novo, fazermos comparações com as outras pessoas é mais que uma necessidade; é uma forma de adaptação ao ambiente e ao contexto social em que vivemos.

Os anos passam e a Psicopedagogia diz que temos que estimular nosso controle interno. Ou seja, os especialistas dizem que nossas motivações, decisões, objetivos e estratégias de vida devem nascer de nós mesmos.

Quando o “locus of control” é externo, a fonte de nossas decisões não está em nós, mas em estímulos que chegam até nós do exterior. Neste caso, depois da adolescência, podemos evidenciar uma falta de maturidade na vida, pois as atitudes da pessoa mostram que as rédeas da vida dela não estão em suas mãos, mas nas mãos do grupo social, das pessoas do trabalho, da família etc.

Por isso, é importante observar que a comparação tem aspectos que podem ser positivos, quando:

  • através da comparação nós entendemos que existem várias formas de pensar, sentir, agir e viver;
  • a comparação serve de guia ou modelo para certas coisas que desejamos aprender ou mudar;
  • serve de estímulo para o crescimento e melhorias de certos aspectos da vida.

Mas a comparação também pode ser negativa. Isso acontece quando ela é fruto de nossa insegurança e falta de maturidade. Por isso, recorremos a ela para nos desvalorizarmos ou desvalorizarmos quem está ao nosso lado. Também usamos a comparação para qualificar as pessoas, como se elas fossem simples objetos. Isso tudo nos provoca dor e faz com que nosso bem-estar dependa dos outros.

Conselhos para potencializar o crescimento pessoal sem a necessidade de se comparar com os outros:

  • Potencialize sua autoestima. A autoestima pode ser descrita como uma avaliação positiva ou negativa de si mesmo. Todos temos dias bons e ruins, e, com frequência, a maneira como nos sentimos em relação a nós mesmos muda diariamente. A autoestima também pode ser vista como um aspecto da personalidade que se desenvolve durante toda a vida;
  • Identifique seus comportamentos comparativos. O comportamento comparativo acontece quando você se compara com os outros sem se importar se vocês estão em posições superiores ou inferiores. Às vezes, as comparações sociais podem ser úteis. Mas os comportamentos comparativos negativos podem abalar a sua autoestima e o desenvolvimento pleno da sua vida;
  • Concentre-se no que você tem. Quando você perceber que comparar-se com os outros não serve de nada, você vai procurar medidas adicionais para o seu sucesso. Se você começar a sentir e a expressar gratidão pelos dons que tem, deixará de focar nos outros e começará a concentrar-se em si mesmo. Dedique mais tempo para focar no que você tem de bom. Você vai notar que tem muita coisa boa, mas estava preocupado em encontrar essas coisas nos outros;
  • Entenda que só você tem o controle de sua vida. É muito difícil resistir à tentação de se comparar com os outros, mas só você tem o controle de sua vida e a dirige de forma muito particular. Por isso, tome as decisões que são melhores e mais importantes para você (e para mais ninguém).

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