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Pe. Zezinho: “Não tenho a graça de orar em línguas”

Holy Spirit

El Greco | Public Domain

Aleteia Brasil - publicado em 26/06/19

O respeitado sacerdote brasileiro compartilha a sua visão sobre esse dom misterioso e conta como lida com ele

Em sua página oficial no Facebook, o pe. Zezinho compartilhou suas considerações a propósito do misterioso dom de línguas.

O tema, que não é adequadamente conhecido por grande parte dos católicos, corre o risco de ser deturpado em abusos litúrgicos. Neste sentido, o pe. Zezinho recorda que a Igreja dispõe de normas a serem seguidas para que este e quaisquer outros dons do Espírito Santo sejam acolhidos e vividos com genuína devoção e compreensão.

Eis o que ele escreveu:

Deus me deu muitas graças e sou grato por todas elas. Mas Ele nunca me deu a graça da orar em línguas desconhecidas ou estranhas. Sei que há padres e seminaristas e irmãs e leigos que oram em línguas. Também sei que a maioria dos padres, bispos, arcebispos e cardeais e Papas não oravam e não oram em línguas. A maioria dos católicos não tem o chamado dom das línguas. Esta graça Deus também não me reservou. Admiro e respeito quem diz que fala em línguas. Faz bem para ele e para quem ouve, mesmo que nada entenda. Há quem me pergunte se nunca pedi este dom. De fato, nunca pedi. Mal dou conta dos dons que já ganhei. Penso que Deus dá os dons que Ele nos destina. Não pedi muitos dos dons que Ele me deu e nem imaginava que um dia eu os teria. Assim, celebro minha fé católica sem este dom. Já tenho outros que me levam a servir a Igreja, com o que Deus me deu! Dias atrás um padre cantou e orou em línguas na TV. Era um domingo. Fez isso para um auditório que entende esta prática de orar. Alguém que também viu telefonou-me para ouvir minha catequese sobre esta prática. Achei normal. Fez do jeito certo e no lugar certo. Não era a missa dominical. Lá ele orou como todos oram. Depois ele orou com um grupo pequeno. É que há várias maneiras de orar e momentos e lugares adequados. Pelo que eu saiba, os Papas que conheci não oravam em línguas, mas deixaram normas para isso! Se eu tivesse este dom eu seguiria estas normas. Quando sei que o grupo às vezes ora em línguas durante uma missa, eu me calo e deixo outro padre conduzir a celebração. Se 90% dos fiéis presentes ora em línguas é justo que os padres carismáticos conduzam o ofício. Faço parte dos pregadores a quem Deus deu outros dons. Respeito e não interfiro. Mas, se eu estou numa comunidade na qual apenas 5% oram em línguas, eu conduzo a celebração sem esta prática. A Igreja ensina isso. Pe. Zezinho, via Facebook

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