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Freira encontrada morta em Portugal apresentava sinais de estupro e asfixia

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Irmã Maria Antónia Pinho / Facebook (Reprodução)

Reportagem local - publicado em 11/09/19

Três dias antes de ser assassinada covardemente, a religiosa havia dado uma entrevista falando do amor pela vocação e pela castidade

Foi encontrada morta com sinais de violência sexual e asfixia a religiosa portuguesa Maria Antónia Pinho, de 61 anos, carinhosamente chamada de Irmã Tona.

O crime ocorreu no último domingo, 8 de setembro, na casa de um ex-presidiário a quem a freira teria dado uma carona. Como suposto agradecimento, ele ofereceu a ela um café e tentou violentá-la, recorrendo ao golpe conhecido como “mata-leão”, em que a vítima sofre estrangulamento. Segundo a polícia, que deteve o acusado no mesmo domingo, essa teria sido a causa da morte da freira, que resistiu à tentativa de estupro. Depois do golpe, o criminoso a teria deitado na cama e violentado.

Dependente químico, o assassino identificado apenas como Alfredo estava em liberdade condicional havia três meses. Ele cumpriu parcialmente a pena de 16 anos de prisão a que foi condenado precisamente por dois crimes de estupro. No mês passado, já em liberdade, ele tinha tentado violentar uma jovem de 20 anos.

Pertencente à congregação das Servas de Maria Ministras dos Enfermos, na cidade do Porto, a irmã Tona, que era enfermeira, estava em São João da Madeira para cuidar da mãe. Em entrevista concedida ao jornal O Regional três dias antes de ser assassinada, a freira havia falado da sua vocação e testemunhado que sempre soube que era aquele o seu chamado:

“Nunca duvidei. Conheço-me sempre com o desejo de ajudar pessoas doentes. Só sabia que queria ser freira e que seria para sempre”.

Ela também tinha falado da castidade, virtude que definia como um presente para Deus.

O Regional

O entrevistador havia sido o jornalista António Gomes Costa, que, em declarações ao site Contacto, afirmou sobre a religiosa:

“A irmã Tona estava sempre a sorrir. Sempre me lembrarei dela assim. O olhar dela não escondia a paixão e o amor por uma opção que tem cerca de 40 anos”.

Sob choque, a população de São João da Madeira está em luto oficial e deverá comparecer em grande número ao funeral da Irmã Tona, às 11h desta quarta-feira, na igreja matriz.


Albertina Berkenbrock

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