Aleteia logoAleteia logoAleteia
Quarta-feira 29 Março |
Bem-aventurado Bertoldo
Aleteia logo
Histórias Inspiradoras
separateurCreated with Sketch.

Menina brasileira que viveu 12 anos em hospital vai para casa pela primeira vez

leticia-manaus.png

Captura de Tela / TV Globo (Reprodução)

Aleteia Brasil - publicado em 28/10/19

Sua doença degenerativa impõe limitações delicadas, mas Letícia finalmente pôde passar para o tratamento domiciliar

Precisando de uma ideia para a esmola quaresmal?

Ajude-nos a difundir a fé na internet! Você poderia fazer uma doação para que possamos continuar criando conteúdos gratuitos e edificantes?

Faça aqui uma doação de Quaresma

No dia 18 deste mês, o Hospital e Pronto Socorro da Criança, em Manaus, foi cenário de grande emoção: Letícia Kerollen de Souza Oliveira recebeu alta e, finalmente, pôde ir para casa depois de passar 12 anos internada. Ela tem 14 anos de idade.

O diagnóstico de Atrofia Muscular Espinhal (AME) foi feito quando ela tinha 1 ano e 7 meses e morava com os pais em Coari, no interior do Amazonas. Os primeiros sintomas vieram seguidos de convulsões, desmaios, dificuldade para respirar. Letícia teve de viver durante nada menos que 8 anos na UTI.

A doença é irreversível e exige aparelho de respiração, sugador, sonda alimentar e fraldas, além do acompanhamento de profissionais qualificados como enfermeiro, terapeuta, psicólogo e fonoaudiólogo. O tratamento domiciar só será possível graças ao programa Melhor em Casa, que disponibiliza a equipe multidisciplinar aos pacientes contemplados.

Letícia saiu raras vezes do hospital. Quando deixou a UTI, foi acompanhada pela equipe médica a um shopping e à igreja, por ocasião do Natal. Fora isso, ela só pôde experimentar breves passeios na frente do próprio hospital.

Apesar do desafio quase sobre-humano de crescer sem poder sequer respirar sem ajuda de aparelhos, Letícia foi uma criança alegre e otimista. A equipe procurou garantir a ela “máximo de humanização possível”, como contou a fisioterapeuta Morgana Peixoto:

“Ela estuda, tem aulas no quarto e faz provas. Ela é muito inteligente. Ama pintar as unhas, passar maquiagem, fazer ‘chapinha’ e usar lacinhos. É uma menina normal, só não tem os movimentos. Todas as crianças aqui [com a mesma condição] têm a face 100% paralisada, mas a Letícia consegue sorrir. Ela responde muito bem ao tratamento de fisioterapeuta e fonoaudiologia”.

A alta hospitalar, que parecia impossível algum tempo atrás, emocionou o hospital inteiro.

A gente nunca pensou que esse dia fosse chegar. Eu trabalhei com ela desde quando chegou na UTI. Para mim, ela é como uma filha. Pra mim é uma felicidade imensa vê-la saindo assim. Ela sempre pedia, desde pequena. E hoje ela conseguiu! Foi difícil de imaginar, porque eles têm aquela melhora, e depois regride, mas ela sempre foi otimista” (Núbia Belfort, enfermeira). “A expectativa de vida é em torno de 20 anos. Darmos alta a um paciente com este tipo de doença é difícil, por conta de todo o contexto, onde a criança precisa de respirador, de enfermeiros e uma equipe multi” (Luiz Afonso, pediatra). “Vai ser nosso primeiro Natal. É um sonho realizado, trazer a Letícia pra casa e poder conviver com ela” (Thiago Santos de Lima, padrasto). “[Antes de sair], Letícia disse estava alegre, mas triste ao mesmo tempo. Ela falou: aqui é a minha família! Desde que ela se entende por gente, ela tá aqui dentro. Então todos profissionais são a família dela” (Júlia Marques, diretora da unidade de saúde).

Quando Letícia e a mãe entraram na ambulância que finalmente as levaria para casa, as lágrimas e as palmas irromperam misturadas e sonoras na porta do hospital. Em casa, a recepção foi uma festa com direito a muita música e grande presença de familiares, amigos e funcionários do hospital.

A mãe de Letícia, Irlene, resume assim a alta hospitalar da filha tão especial:

“É a realização de um sonho. Graças a Deus e a todos do hospital, que cuidaram dela desde bebezinha”.

___________

Com informações do portal G1


Eliana Zagui

Leia também:
Após 43 anos, mulher de 44 deixa hospital e quer vida nova: “Ajudar pessoas!”

Tags:
DoençaEsperançaFamília
Apoiar a Aleteia

Se você está lendo este artigo, é exatamente graças a sua generosidade e a de muitas outras pessoas como você, que tornam possível o projeto de evangelização da Aleteia. Aqui estão alguns números:

  • 20 milhões de usuários no mundo leem a Aleteia.org todos os meses.
  • Aleteia é publicada diariamente em sete idiomas: inglês, francês,  italiano, espanhol, português, polonês e esloveno
  • Todo mês, nossos leitores acessam mais de 50 milhões de páginas na Aleteia.
  • 4 milhões de pessoas seguem a Aleteia nas redes sociais.
  • A cada mês, nós publicamos 2.450 artigos e cerca de 40 vídeos.
  • Todo esse trabalho é realizado por 60 pessoas que trabalham em tempo integral, além de aproximadamente 400 outros colaboradores (articulistas, jornalistas, tradutores, fotógrafos…).

Como você pode imaginar, por trás desses números há um grande esforço. Precisamos do seu apoio para que possamos continuar oferecendo este serviço de evangelização a todos, independentemente de onde eles moram ou do quanto possam pagar.

Apoie Aleteia a partir de apenas $ 1 - leva apenas um minuto. Obrigado!

PT300x250.gif
Oração do dia
Festividade do dia





Envie suas intenções de oração à nossa rede de mosteiros


Top 10
Ver mais
Boletim
Receba Aleteia todo dia