“Odiar como Jesus odiou”: texto publicado pela Folha de S.Paulo ataca “Amar como Jesus amou”, canção composta em 1971O blog católico Ancoradouro, veiculado pelo jornal cearense O Povo, publicou matéria crítica sobre recente artigo do jornal Folha de S.Paulo a respeito da canção “Amar como Jesus amou“, composta em 1971 pelo Pe. Zezinho. O texto escrito no jornal paulista por Ricardo Araújo Pereira ataca uma das canções de maior sucesso do sacerdote brasileiro.
“Amar como Jesus amou” fala de uma criança que se aproxima do sacerdote sorrindo e lhe pergunta “o que é preciso para ser feliz”.
Ricardo Araújo Pereira, num texto intitulado “Odiar como Jesus odiou“, apela para a caricatura de pedófilos que a própria mídia para a qual escreve parece ter-se empenhado fortemente em aplicar de modo generalizante a todo o clero católico ao longo das últimas duas décadas, atribuindo os nojentos crimes de uma parcela a praticamente a totalidade dos sacerdotes:
“A criança é muito corajosa. Aborda um padre e olha-o nos olhos a sorrir. É brincar com o fogo”.
Amparado em sua opinião pessoal, o autor do texto prossegue afirmando que é “inverossímil” uma criança indagar sobre a felicidade “junto de um celibatário” – e especula que a tarefa de fazer tal pergunta ao padre deve ter sido dada a ela por um “professor deprimido“.
O próprio Pe. Zezinho, em sua página do Facebook, explicou a origem da canção:
“Um humorista fez troça da canção que realmente aconteceu na universidade de Coimbra, onde eu dava uma palestra para o público em abril de 1974, poucos dias antes da Revolução dos Cravos. A menina de 9 anos veio com uma tarefa de colégio, depois de uma aparição minha na RTP (canal português de televisão, ndr). E foi isso que respondi a ela. Mais tarde eu a musiquei. Os católicos e evangélicos gostam dela. Os ateus ou contestadores, nem tanto!”.
O blog Ancoradouro conversou com o cantor Diego Fernandes sobre o assunto. Diego declarou:
“Aprendi com Padre Zezinho que é possível defender sem ofender. A ofensa vem quando faltam os argumentos. Parece que o diálogo perdeu o lugar para a ofensa. O Pe. Zezinho sempre expôs sua opinião sem violência e buscando a virtude”.
Ao finalizar o seu texto em resposta à provocação do jornal paulista, o Pe. Zezinho escreveu:
“Não achei nada engraçado o texto da Folha, que não assino, mas que alguém me mostrou. ODIAR COMO JESUS ODIOU só pode ser resposta irada de alguém que não tolera a proposta de Jesus. É pequenez ao cubo! É a liberdade deles que sai pelo ralo”.
A canção
*
Decadência quantificada
O blog Ancoradouro finaliza o seu próprio texto observando, com base em números, que o sacerdote não é o único formador de opinião que não assina tal jornal.
Apresentando um gráfico elaborado pelo site Poder 360, o blog destaca que, de dezembro de 2014 a outubro de 2019, o jornal que já teve a maior tiragem do país caiu de quase 212 mil assinantes para 86.196, tornando-se o campeão de perda de assinaturas entre os cinco maiores jornais brasileiros.
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