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A crucial (e libertadora) diferença entre “solidão” e “solitude”

CATHOPIC

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Reportagem local - publicado em 03/03/20

Sim, existe o termo "solitude" em português - e ele não significa o mesmo que "solidão"

A palavra “solidão” não é novidade para ninguém, mas, em português, também existe o termo “solitude”, embora seja bem menos usual em nossa linguagem cotidiana. E o mais interessante: solidão e solitude parecem sinônimos, mas, na verdade, não significam a mesma coisa.

Vamos fazer a distinção entre eles a partir das reflexões do teólogo Paul Tillich sobre a diferença entre os dois conceitos que essas palavras tentam expressar.

A palavra “solidão” tem uma carga geralmente negativa, melancólica, triste: costuma referir-se à sensação dolorosa, sofrida, de estarmos sozinhos.

Já a palavra “solitude” não tem essa carga triste: ela simplesmente expressa o fato de estarmos a sós.

E não há nada de negativo nos sadios momentos vividos a sós. Pelo contrário: a solitude chega a ser um remédio para a solidão, porque é libertador saber estar a sós consigo mesmo, desfrutar serenamente da própria companhia, não sentir uma dependência exagerada da presença dos outros.

É desejável o sadio equilíbrio entre a solitude e a boa companhia. Certamente faz bem desfrutar de amizade, amor, proximidade, reciprocidade, mas também faz bem desfrutar de momentos de privacidade com a própria alma, o próprio silêncio. São momentos em que podemos ouvir melhor a voz do nosso eu, intrinsecamente aberto a procurar a Voz de Deus.




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