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Mulher mais velha da Espanha sobrevive à Covid-19

MARIA BRANYAS

Twitter | @MariaBranyas112

Octavio Messias - publicado em 16/05/20

Casos de recuperações milagrosos renovam a esperança 

Aos 113 anos de idade, a espanhola María Branyas testou negativo para o Covid-19 nesta semana, depois de ter contraído o vírus em abril. Ao ter sido diagnosticada com a doença, apresentando sintomas leves, entrou em isolamento no asilo Santa Maria del Tura, na cidade de Olot, na Catalunha. Branyas é considerada a mulher mais velha da Espanha.  

Ela nasceu em 1907, em San Francisco, Estados Unidos, onde seu pai, espanhol assim como sua mãe, trabalhava como jornalista. Oito anos depois, em plena Primeira Guerra Mundial (1914-1918), a família retornou à Espanha, onde, em 1931, ela se casou e onde vive até hoje. 

Ela é mãe de três, avó de 11 (seu neto mais velho tem sessenta anos). Sobreviveu ainda à gripe espanhola, em 1918, à Guerra Civil Espanhola, entre 1936 e 1939, à Segunda Guerra Mundial (1939-1945) e, agora, ao novo coronavírus, que chegou a sentir na pele. E está pronta para outra.

A Espanha atualmente é o segundo país mais contaminado pelo novo coronavírus, com mais de 274 mil casos. Além de María Branyas, outras duas centenárias espanholas sobreviveram à Covid 19, uma com 101 e outra com 107 anos de idade. Mesmo no Brasil, quase toda semana vemos histórias de centenárias que superam o vírus.

Casos de sobreviventes no grupo de risco como esses, que não são pouco comuns, nos incentivam a renovar a fé e manter a esperança até mesmo quando a situação parece perdida. E não são só idosos que passam por extrema provação ao contraírem a doença.

Na semana passada, a inglesa Kathrine Dawson recebeu alta do hospital Blackpool’s Victoria, em Lancashire, no Reino Unido, com sua filha recém-nascida. Ela foi diagnosticada com Covid-19 no final de março, quando estava na 32ª semana de gravidez. Conforme seu estado se agravou, em 1º de abril recebeu um parto induzido de emergência. Ela passou oito dias usando ventilador pulmonar, enquanto o bebê prematuro, Ruby, também contaminada com o vírus, se recuperava na incubadora. 

O pai, Stuart, por razões óbvias, não podia se aproximar de nenhuma das duas, e ficou em casa cuidando das duas filhas mais velhas, Grace, de cinco anos, e Ava, 11 meses. Ele recorda a videochamada que fez com a esposa quando ela estava prestes a  ser sedada para o parto. “Foi como dizer adeus; aquele poderia ter sido o nosso último telefonema”, ele disse ao canal BBC. “Achei que seria um viúvo e criaria minhas filhas sozinho.”

Stuart, definitivamente, renovou sua fé, assim como deveríamos todos nós. E manter a esperança mesmo nos momentos mais difíceis. Como diz o ditado popular, “não termina até acabar”.

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