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Deputados pedem fechamento definitivo de bordéis na Alemanha

Sponsoring seksualny – tragedia wielu młodych osób

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Reportagem local - publicado em 21/05/20

Após fechamento temporário devido à pandemia, proposta é banir de vez a compra de sexo no país, adotando o "modelo nórdico"

Dezesseis parlamentares da Alemanha enviaram carta aos governos estaduais do país, nesta terça, 19, pedindo que os bordéis alemães sejam fechados permanentemente.

Além de alegarem que a prostituição pode potencializar uma “superpropagação” do coronavírus, o que já havia levado ao fechamento provisório desses estabelecimentos em março, os parlamentares signatários da carta reforçam que as assim chamadas “profissionais do sexo” não se beneficiarão com a reabertura dos bordéis:

“Elas precisam de educação, treinamento ou de um emprego seguro”.

Os dezesseis parlamentares são da União Democrata Cristã (CDU) e do Partido Social-Democrata (SPD), ambos da coalizão de governo da chanceler federal Angela Merkel. Entre eles estão o ex-ministro da Saúde Hermann Gröhe, o sindicalista Leni Breymaier e o deputado e médico Karl Lauterbach.

Prostituição e tráfico humano

A prostituição é legalizada na Alemanha, mas cada estado e cidade do país pode estabelecer regulações específicas sobre o funcionamento de bordéis. Cerca de 33 mil “profissionais do sexo”, entre mulheres e homens, estão registrados oficialmente, mas o governo estima que o número real supere os 400 mil, com muitos deles sendo vítimas de tráfico humano e vivendo em condições precárias, inclusive de escravidão. A maioria das mulheres que se prostituem na Alemanha são emigradas do Leste Europeu, mas também há um número alto de imigrantes, principalmente ilegais, vindos da Ásia, África e América Latina.

O “modelo nórdico”

A carta desses dezesseis parlamentares enfatiza que o fechamento dos bordéis é uma oportunidade para melhorar de fato a vida das pessoas que hoje dependem diretamente da prostituição. Eles propõem a adoção do “modelo nórdico”, implantado em países como Noruega e Suécia. Nesse modelo, a venda de sexo não é ilegal, mas a compra sim: ou seja, o risco é assumido pelos clientes, o que reduz a procura pelo sexo pago. Neste cenário, as pessoas que se prostituem são incentivadas a procurar ajuda e serviços do governo para saírem desta situação, aprimorarem a sua educação formal e encontrarem outros trabalhos.


Rede Talitha Kum, de freiras católicas, combate o tráfico de pessoas no mundo

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