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Papa Francisco: o alívio que Cristo nos oferece é a alegria

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Antoine Mekary | ALETEIA

Reportagem local - publicado em 05/07/20

"A alegria que nos dá Jesus. É única. É a alegria que ele mesmo tem. É uma mensagem para todos nós"

O Papa Francisco afirmou hoje que o “alívio” que Cristo oferece aos cansados e oprimidos não é apenas psicológico ou esmola. O alívio que o Senhor oferece é a alegria.

Antes de rezar o Angelus neste domingo, o Papa Francisco propôs uma breve reflexão aos peregrinos presentes na Praça São Pedro.

O Papa explicou que o Evangelho do dia fala sobre como estar com Jesus Cristo para buscar alívio para os sofrimentos.

O Papa explicou primeiramente que Jesus louva o Pai, porque escondeu os segredos do seu Reino, da sua Verdade, escondidos «aos sábios e aos entendidos».

Falsos sábios

Chama-os assim com um véu de ironia, porque presumem ser sábios, entendidos e por isso têm o coração fechado, tantas vezes. A verdadeira sabedoria vem também do coração, não é somente entender ideias. A verdadeira sabedoria também entra no coração. E se tu sabes tantas coisas e tens o coração fechado, tu não és sábio.

Segundo o Papa, Jesus revela os mistérios do Pai aos «pequeninos», “àqueles que confiantemente se abrem à sua Palavra de salvação, abrem o coração à Palavra da salvação, sentem necessidade d’Ele e esperam tudo d’Ele. O coração aberto e confiante em relação ao Senhor”.

De fato, só entre o Filho e o Pai existe reciprocidade total: um conhece o outro, um vive no outro.

Os humildes

Tal como o Pai tem preferência pelos «pequeninos», também Jesus se dirige aos «cansados e aos oprimidos».

Com efeito, Ele coloca-se entre eles, porque é «manso e humilde de coração»: diz para ser assim. Como na primeira e terceira bem-aventuranças, a dos humildes ou pobres de espírito; e a dos mansos: a mansidão de Jesus. Assim, Jesus, «manso e humilde», não é um modelo para os resignados nem simplesmente uma vítima, mas é o Homem que vive «de coração» esta condição em plena transparência ao amor do Pai, ou seja, ao Espírito Santo. Ele é o modelo dos “pobres em espírito” e de todos os outros “bem-aventurados” do Evangelho, que fazem a vontade de Deus e dão testemunho do seu Reino.

Alívio verdadeiro

O Papa enfatiza que, se formos até Jesus, encontraremos alívio.

O “alívio” que Cristo oferece aos cansados e oprimidos não é apenas psicológico ou esmola, mas a alegria dos pobres de serem evangelizados e construtores da nova humanidade: este é o alívio. A alegria. A alegria que nos dá Jesus. É única. É a alegria que ele mesmo tem. É uma mensagem para todos nós, para todas as pessoas de boa vontade, que Jesus transmite ainda hoje no mundo que exalta aqueles que se tornam ricos e poderosos.

Mas, quantas vezes dizemos – prosseguiu o Papa: “Ah, eu gostaria de ser como aquele, como aquela, que é rico, tem tanto poder, não lhe falta nada..”

O mundo exalta o rico e o poderoso, não importa com que meios, e por vezes espezinha a pessoa humana e a sua dignidade. E nós vemos isso todos os dias, os pobres espezinhados. E é uma mensagem para a Igreja, chamada a viver obras de misericórdia e a evangelizar os pobres, ser mansos, humildes. Assim o Senhor quer que seja a sua Igreja, isto é, nós.

Maria

O Papa encerrou suas palavras dirigindo-se a Maria:

Maria, a mais humilde e nobre das criaturas, implore de Deus a sabedoria do coração – a sabedoria do coração –  para nós, para que possamos discernir os seus sinais na nossa vida e participar daqueles mistérios que, escondidos aos soberbos, são revelados aos humildes.

(Com Vatican News)

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