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As 5 maiores trilhas compostas por Ennio Morricone

MORRICONE

Dziurek - Shutterstock

Octavio Messias - publicado em 12/07/20

Compositor morto há sete dias transitava por diferentes gêneros do cinema

Um ator de cinema que transita entre gêneros é algo raro; um diretor, mais ainda. E quando um compositor de trilhas sonoras originais para o cinema atinge tal patamar, é no mínimo admirável.

Embora o compositor Ennio Morricone, morto na última segunda (6) aos 91 anos, seja frequentemente associado ao faroeste, especialmente aos filmes do diretor Sergio Leone (1929-1969), seu gênio criativo ultrapassou gêneros e gerações na composição de mais de 500 trilhas. 

Como ainda outra homenagem ao compositor italiano agraciado com dois Oscar (um pelo conjunto da obra e outro por um lançamento, Os Oito Odiados, de 2015) e até com a Medalha de Ouro Pontifícia, concedida pelo Vaticano no ano passado, selecionamos as cinco maiores trilhas compostas por ele. Para Ennio Morricone, o gênero cinematográfico podia variar, mas a qualidade da música, não.     

Três Homens em Conflito (1966)

Existem poucos sons mais emblemáticos no cinema do que a melodia de flauta com duas notas que emula o uivo de um coiote, do tema do filme de Sergio Leone. A trilha ainda inclui assobios, disparos com armas e onomatopeias, recursos que foram considerados totalmente inovadores em música de orquestra. Curiosidade: a bela composição The Ecstasy of Gold, que compõe a trilha, até hoje é usada na abertura dos mega shows da banda de rock Metallica. 

A Missão (1986)

Morricone assumiu o difícil desafio de compor a trilha para o filme épico que narra a história de um missionário jesuíta na América Latina. Os arranjos incluem corais litúrgicos, baterias indígenas tribais e guitarras de influência espanhola, muitas vezes na mesma faixa. Recebeu o Globo de Ouro e o Bafta de melhor trilha-sonora.   

Os Intocáveis (1987)

Se muda o gênero do filme, a trilha também, e para este filme policial noir, Morricone atingiu o auge da precisão em orquestração e regência, conduzindo o espectador pelos momentos de tensão do filme, com temas labirínticos agonizantes.  Recebeu o Grammy e o Globo de Ouro de melhor trilha. 

Cinema Paradiso (1988)

Marca o início de uma brilhante parceria com o cineasta italiano Giuseppe Tornatore. De suas trilhas mais conhecidas, é uma das mais tradicionais, porém agrega ao filme uma sensibilidade única. Foi composta em parceria com seu filho, Andrea Morricone, e recebeu mais um Bafta de melhor trilha. 

Kill Bill I e II (2003 e 2004)

Embora o único Oscar não-honorário da carreira de Ennio Morricone tenha vindo com Oito Odiados (2015), de Quentin Tarantino, seu trabalho mais surpreendente ao lado do diretor e fã norte-americano foi a trilha-sonora de Kill Bill, composta 12 anos antes. Além do habitual repertório de música pop selecionado pelo cineasta, são os temas originais do italiano que embalam as principais cenas de luta. From Man to Man, tema usado para divulgar o filme, foi emprestado da trilha de A Morte Anda à Cavalo (1967), do próprio Morricone.


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