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Passionistas inauguram Ano Jubilar pelo 300º aniversário de fundação

VINCENT STRAMBI

Public Domain

Reportagem local - publicado em 19/11/20

Os Passionistas levam 300 anos a anunciar a Paixão de Jesus como a maior expressão do Amor de Deus em favor de toda a humanidade e de toda a criação

A 22 de novembro começa o Jubileu da Congregação da Paixão de Jesus Cristo (Passionistas). Por ocasião do 300º Aniversário da sua Fundação, este Ano Santo prolongar-se-á até ao dia 1 de janeiro de 2022. O Papa Francisco quis unir-se espiritualmente a esta celebração e à “alegria pelo dom da vocação que [os Passionistas] receberam de viver e proclamar a memória da Paixão de Cristo, fazendo do Mistério Pascal o centro da sua vida”. Às 10.30 da manhã deste 22 de novembro, desafiando a pandemia, mas respeitando as medida anti COVID-19, na Basílica dos Ss. João e Paulo, em Roma, inicia-se oficialmente o Jubileucom a abertura da Porta Santa e a celebração da Missa inaugural – que se pode seguir pelo sistema streaming – presidida pelo Secretário de Estado  do Vaticano, o Cardeal Pietro Parolin.

Missa de Abertura do Jubileu Passionista
https://www.youtube.com/watch?v=Jaf_77A_BtU&feature=emb_err_woyt

Que se celebra no Jubileu Passionista?

Para os Passionistas, o presente Jubileu, que se inaugura com o uso da máscara anti-COVID e o distanciamento social, é uma oportunidade para a renovação interior, aprofundamento e atualização do carisma, como o aponta o tema que escolheram: “Renovar a nossa missão: gratidão, profecia, esperança”. Esta focagem de manter vivo e promover o carisma foi o eixo central do 47º Capítulo Geral de 2018 e sê-lo-á também no próximo Sínodo da Congregação em 2021. O Superior Geral da Congregação, o P. Joachim Rego C.P., esclareceu: “Todas as celebrações planeadas devem ser canalizadas a aprofundar o nosso compromisso de manter viva a memória da Paixão de Jesus como a maior expressão do Amor de Deus para com todas as criaturas e toda a criação; e para encontrar novas e atualizadas formas de promover esta Memória (Memoria Passionis)”.

A mensagem do Papa Francisco aos Passionistas

O Papa Francisco também quis manifestar a sua proximidade e alegria por esta data comemorativa. Numa mensagem dirigida ao Superior Geral dos Passionistas, o Santo Padre animou-os a “reforçar o seu compromisso em favor das necessidades da humanidade. Esta urgência missionária dirige-se sobretudo aos crucificados do nosso tempo: os pobres, os débeis, os oprimidos e os descartados pelas inumeráveis formas de injustiça. O cumprimento desta tarefa requererá pela vossa parte um esforço sincero de renovação interior, que brota da relação pessoal com o Crucificado-Ressuscitado. Somente quem está crucificado por amor, como esteve Jesus na cruz, é capaz de socorrer os crucificados da história com palavras e ações eficazes”.

Para além disso, disse também que “este importante centenário representa uma oportunidade providencial para que possais caminhar rumo a novos objetivos apostólicos”, conscientes de que “o contacto com a Palavra de Deus na oração e a leitura dos sinais dos tempos nos acontecimentos quotidianos, vos tornarão capazes de compreender o sopro criativo do Espírito que alenta no tempo, apontando respostas às expetativas da humanidade: ninguém duvidará que hoje vivemos num mundo em que já nada é como antes”.

Os Passionistas, fundados por um santo da Igreja

Passaram 300 anos desde o dia 22 de novembro de 1720, o dia em que o jovem Paulo Danei, fundador dos Passionistas, recebeu a túnica de eremita e iniciou um retiro de 40 dias num pequeno compartimento da Igreja de São Carlos em Castellazzo. Durante este retiro escreveu as Regras dos “Pobres de Jesus”, a futura Congregação da Paixão. Tomou o nome religioso de Paulo da Cruz e, mais tarde, com alguns companheiros, assumiram o nome de “Passionistas”, em  conformidade com o múnus que a Virgem Maria tinha atribuído a Paulo: anunciar a Paixão de Jesus Cristo como “o dom mais maravilhoso do amor de Deus, a força que pode transformar o homem e o mundo inteiro. Foi canonizado em 1867 pelo Papa Pio IX.

Renovar a missão Passionista

“Quando falamos de renovar a nossa missão – explicou o Superior Geral Joachim Rego C.P. – trata-se principalmente de nos renovarmos a nós mesmos, porque ‘quem somos” e ‘o que fazemos’ estão interligados e interrelacionados”.

O Ano Jubilar, portanto, não se trata de uma celebração pela sua grandeza ou pelos seus êxitos; mas, antes, pelas bênçãos de Deus durante este três séculos e pela fidelidade de inumeráveis Passionistas que, pela sua vida e missão, conservaram viva a memória da Paixão de Jesus como um ato magnânimo e concreto do amor de Deus.

Durante o Jubileu, acontecerá em Roma, na Universidade Lateranense, entre os dias 21 a 24 de setembro de 2021 o Congresso Internacional: “A sabedoria da Cruz num mundo plural”

JUBILEU PASSIONISTA
Passionists

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