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Missa não é passiva, diz Papa: fiéis devem envolver-se

Missa

lev radin | Shutterstock

Reportagem local - publicado em 03/02/21

A liturgia pede fervor na sua celebração, ressaltou Francisco ao explicar que a Missa não é um ato passivo para os fiéis

Missa não é passiva, disse o Papa Francisco: os fiéis devem envolver-se na celebração. Esta foi a exortação do pontífice, de fato, na Audiência Geral desta semana, realizada como de costume na manhã de quarta-feira.

O Papa deu prosseguimento ao ciclo de catequeses sobre a oração. Desta vez, ele tratou da oração mediante a liturgia da Igreja e declarou:

“A vida é chamada a se tornar culto a Deus, mas isto não pode acontecer sem a oração, especialmente a oração litúrgica. A liturgia, precisamente pela sua dimensão objetiva, pede fervor na sua celebração, para que a graça derramada no rito não se disperse, mas alcance a vivência de cada um”.

Missa não é passiva: fiéis devem envolver-se

Ele destacou em especial a celebração da Santa Missa, da qual os fiéis não devem participar meramente como “ouvintes passivos”, mas sim envolver-se profundamente:

“A Missa não pode ser ‘ouvida’ como se fôssemos apenas espectadores de algo que decorre sem nos envolver. A Missa é sempre celebrada, e não apenas pelo sacerdote que a preside, mas por todos os cristãos que a vivem. O centro é Cristo! Todos nós, na diversidade dos dons e ministérios, nos unimos na sua ação, porque ele é o Protagonista da liturgia”.

Francisco também citou a constituição Sacrosanctum Concilium, do Vaticano II:

“Ela reafirma de forma completa e orgânica a importância da liturgia divina para a vida dos cristãos, que nela encontram aquela mediação objetiva exigida pelo fato de Jesus Cristo não ser uma ideia nem um sentimento, mas uma Pessoa viva, e o Seu Mistério um acontecimento histórico”.

Oração de corpo e alma

O Papa abordou ainda as mediações que ocorrem na oração cristã:

“A oração dos cristãos passa por mediações concretas: a Sagrada Escritura, os Sacramentos, os ritos litúrgicos. Na vida cristã não prescindimos da esfera corpórea e material, porque em Jesus Cristo ela se tornou o caminho da salvação. Podemos dizer que agora devemos rezar com o corpo. O corpo entra na oração”.

Presença de Cristo

Sobre a liturgia, ele enfatizou:

“A liturgia não é apenas oração espontânea, mas algo cada vez mais original: é um ato que fundamenta toda a experiência cristã e, por conseguinte, também a oração. É acontecimento, é evento, é presença, é um encontro com Cristo. Cristo Se faz presente no Espírito Santo através dos sinais sacramentais: disto, para nós cristãos, deriva a necessidade de participar nos mistérios divinos. Um cristianismo sem liturgia é um cristianismo sem Cristo, totalmente sem Cristo”.

E reforçou:

“Mesmo no rito mais despojado, como o que alguns cristãos celebraram e celebram em lugares de prisão, ou no esconderijo de uma casa durante os tempos de perseguição, Cristo está verdadeiramente presente e Se doa aos Seus fiéis. Que este pensamento nos ajude. Quando vamos à missa aos domingos, vamos para rezar em comunidade, rezar com Cristo que está presente. Quando vamos a uma celebração do Batismo, Cristo está ali presente e batiza. Isto não é mera força de expressão. Cristo está presente e, na liturgia, rezamos com Cristo junto a nós”.

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