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O Papa esclarece as dúvidas sobre seu histórico médico

Papa Francisco

Vincenzo PINTO / AFP

Esteban Pittaro - publicado em 01/03/21

Em entrevista publicada pelo jornal La Nación e conduzida pelo jornalista Nelson Castro, o Papa Francisco esclarece em primeira pessoa quais foram suas grandes enfermidades físicas, e até psicológicas, durante sua vida

Trata-se de um fragmento de uma investigação completa que o proeminente jornalista, também médico, fez sobre a saúde de todos os Papas dos séculos XX e XXI.

No fragmento divulgado pelo jornal La Nación, o Papa esclarece como tratou da retirada de um lobo do pulmão, circunstância que após sua eleição suscitou todo tipo de boatos e suspeitas.

Francisco lembra que naquela época, em 1957, estava no segundo ano do seminário e, como vários de seus colegas, estava com uma forte gripe.

“Meus outros colegas se recuperaram em poucos dias e sem sequelas. Por outro lado, eu continuava a sofrer de um quadro febril que não cedia ”, recordou.

Ele explicou que havia um seminarista – naquela época os jesuítas eram responsáveis ​​pelo seminário – encarregado pela enfermaria, que não conseguiu tratar o problema.

Com muitos detalhes, na entrevista completa que pode ser lida no livro “A Saúde dos Papas”, publicado na Argentina pela editora Sudamericana, o Papa descreve todo o processo de diagnóstico, internação e funcionamento do Hospital Sírio Libanés.

“Naquela época não havia tomografia computadorizada ou ressonância magnética. Ao visualizar as radiografias, o especialista encontrou três cistos no lobo superior do pulmão direito. Houve também um derrame pleural bilateral que me causou dor e desconforto respiratório”, explicou.

O Papa tinha 21 anos quando o lobo superior de seu pulmão direito foi removido

Ele se sentia, como confessa na entrevista, “onipotente”. “Não é que eu não estivesse preocupado, mas sempre tive a convicção de que seria curado”, disse ele a Castro. A operação teve excelentes resultados.

“A recuperação foi completa e nunca senti qualquer limitação nas minhas atividades. Como se pôde ver, por exemplo, nas diferentes viagens que fiz, nunca tive ter de restringir ou cancelar algumas das atividades programadas. Nunca experimentei fadiga ou falta de ar [dispneia]. Como os médicos me explicaram, o pulmão direito se expandiu e cobriu todo o hemitórax. E a expansão foi tão completa que, se o antecedente não for avisado, só um pneumologista de primeira linha pode detectar a falta do lobo excisado”, completa Francisco.

Todo sacerdote deve conhecer psicologia humana

Na entrevista, o Papa também relata como um psiquiatra o ajudou a enfrentar os momentos de maior tensão durante a ditadura militar na Argentina, durante a qual escondeu e transportou pessoas escondidas em seu carro até através das guarnições do Campo de Mayo, até um povoado próximo, San Miguel.

Francisco diz estar convencido de que “todo padre deve conhecer psicologia humana”, embora não esteja convencido de que um padre exercer psicologia, porque “aí os papéis se confundem, e então o padre deixa de ser padre para se tornar terapeuta”.

Entre outros detalhes e anedotas, Francisco confessa que escuta Bach para controlar suas angústias e sugere que as preocupações precisam ser aliviadas com mate. E que se imagina morrendo em Roma, não em Buenos Aires, seja como papa ou como emérito.


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