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14 santos que podem nos auxiliar nesta pandemia

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Andreas Praefcke/Wikipedia | CC BY 3.0

Reportagem local - publicado em 18/03/21

A devoção aos 14 Santos Auxiliadores surgiu quando a Europa enfrentava a pandemia da peste negra
A devoção aos “14 Santos Auxiliadores” surgiu quando a Europa estava em meio à pandemia da peste negra, no século XIV.

Foi quando os cristãos da Alemanha recorreram, com muita fé, a um grupo de santos para pedir o fim das mortes. De fato, esses santos ficaram famosos por suas intercessões milagrosas e passaram a ser chamados de “14 Santos Auxiliadores”.

A devoção a este grupo particular de santos se estendeu rapidamente pela Europa. Vários santuários e igrejas foram consagrados em sua honra. Hoje, os 14 Santos Auxiliadores continuam sendo muito estimados pela sua intercessão e considerados como poderosa invocação nos momentos de grande necessidade, como o que estamos passando durante a pandemia do coronavírus.

Quem são os 14 Santos Auxiliadores

Os 14 Santos Auxiliadores tiveram, em comum, vidas marcadas pela defesa da fé cristã. Veja quem são eles:

São Jorge: Foi um mártir do século IV e soldado do exército durante a perseguição aos cristãos pelo imperador Diocleciano. Ele se negou a prender cristãos e oferecer sacrifícios aos deuses romanos, por isso foi torturado e executado. Invocado contra enfermidades da pele e paralisia.

São Brás: Foi um mártir do século IV e bispo de Armênia que fugiu ao bosque para evitar a morte durante a perseguição contra os cristãos, mas o encontraram e prenderam. Um dia, uma mãe e seu filho que tinha um osso entupido em sua garganta o visitaram e, com sua bênção, o osso se desprendeu e o menino se salvou. O governador da Capadócia o obrigou renunciar à fé e sacrificar animais aos deuses pagãos e ao negar-se foi torturado e decapitado. Invocam-no contra os males na garganta.

São Erasmo: Foi bispo em Formia (na Itália) no século IV, durante o governo de Diocleciano. Conta a lenda que o santo, chamado São Elmo, fugiu à montanha e sobreviveu alimentado por um corvo até que o prenderam e encarceraram. Escapou a prisão com a ajuda de um anjo e tempo depois, torturaram-no com barras quentes. Alguns relatos dizem que foi sanado milagrosamente e morreu por causas naturais, e outros, que as feridas foram a causa de seu martírio. Invocam-no para os que sofrem dores e transtornos no estômago, e pelas mulheres em trabalho de parto.

São Pantaleão: Foi um mártir do século IV açoitado por Diocleciano, filho de um pagão rico e instruído no cristianismo por sua mãe e um sacerdote. Trabalhou como médico do imperador Maximiano, mas seus companheiros, ciumentos de sua rica herança, denunciaram-no ao imperador. Negou-se a adorar falsos deuses, foi torturado e tentaram assassiná-lo de várias maneiras: queimaram-lhe com tochas, banharam-no em chumbo líquido e o jogaram no mar amarrado a uma pedra, mas sempre foi resgatado da morte por Cristo, quem lhe aparecia como um sacerdote. Foi decapitado logo depois de desejar seu próprio martírio. Invocam-no como padroeiro dos médicos e parteiras.

São Vito: Mártir do século IV açoitado pelo Diocleciano, filho de um senador na Sicilia e cristã graças à influência de uma enfermeira. Contam que irritou os pagãos por inspirar muitas conversões e fazer milagres. Foi condenado à morte junto a uma enfermeira cristã e seu marido por negar-se a renunciar a sua fé. Buscaram matá-los muitas vezes, inclusive tentaram jogá-los aos leões no Coliseu Romano, mas foram milagrosamente libertados, até que finalmente, foram executados. Invocam-no contra a epilepsia e enfermidades do sistema nervoso.

São Cristóvão: Foi um mártir do século III, chamado originalmente Reprobus, filho de pagãos, que prometeu seu serviço ao rei. A conversão do rei e o ensino de um monge fizeram que se tornasse cristão, e usou sua força e músculos para ajudar pessoas a cruzarem um rio de uma margem à outra. Uma vez carregou um menino que lhe disse que era Cristo e lhe disse que seria chamado “Cristóvão” ou “Aquele que carrega Cristo”. O encontro encheu o santo de zelo missionário e quando retornou a seu lar na Turquia, converteu a quase 50 mil pessoas. O imperador Décio ordenou prendê-lo, encarcerá-lo e torturou-o de muitas formas, incluindo disparos com flechas. Foi decapitado no ano 250. Invocam-no como padroeiro para obter uma santa morte, contra a epilepsia e as dores de dente.

São Denis: Alguns afirmam que São Paulo o converteu ao cristianismo em Atenas e logo se converteu no primeiro bispo de Paris no século I. Outros, que foi bispo e mártir do século III. Foi um zeloso missionário que chegou à França, onde o decapitaram no Montmartre”, o Monte dos Mártires, onde muitos cristãos foram mortos por sua fé. É invocado contra ataques demoníacos.

São Ciríaco: Este diácono foi mártir do século IV, mas foi favorecido pelo Imperador Diocleciano depois de curar a sua filha e um amigo do imperador em nome de Jesus. De acordo com o site “catholicism.org” e ao livro The Fourteen Holy Helpers”, depois da mote de Dioclesiano, seu sucessor Maximiano aumentou a perseguição de cristãos e o encarcerou, torturou e finalmente o decapitou por jamais ter renunciado ao cristianismo. É o padroeiro dos enfermos que sofrem males da vista.

São Acácio: Mártir do século IV durante o governo de Galerius. A tradição diz que quando foi capitão da força armada de Roma escutou uma voz que lhe disse: “Clama ao Deus Cristão por ajuda”, logo se batizou. Converteu soldados do exército, até que o denunciaram e enviaram ao tribunal onde se negou a renunciar a sua fé. Torturaram-no, mas de forma milagrosa foi curado várias vezes até que o decapitaram no ano 311. Consideram-no padroeiro dos que sofrem dores de cabeça.

Santo Eustáquio: Mártir do século II açoitado por Trajano, Imperador de Roma. De acordo com a tradição, foi um general das forças armadas convertido ao cristianismo ao ter uma visão do crucifixo, que apareceu entre os chifres de um cervo enquanto caçava. Converteu a sua família e junto a sua esposa foram queimados até a morte depois de recusar-se a participar de uma cerimônia pagã. Invocam-no contra os incêndios.

São Gil: É o único dos “Santos auxiliadores” que não foi mártir. Apesar de nascer para ser nobre, São Gil se converteu em monge no século VII em Atenas. Logo, sob o governo de São Bento, retirou-se ao deserto para fundar um monastério. Foi reconhecido por sua santidade e milagres que realizou. Morreu pacificamente perto do ano 712. É invocado para a cura de pessoas com enfermidades devastadoras.

Santa Margarida de Antioquia: Mártir do século IV perseguida por Diocleciano. Seu pai a repudiou por converter-se ao cristianismo graças a sua enfermeira. Foi uma virgem consagrada que, enquanto cuidava rebanhos de ovelhas, foi vista por um romano que a obrigou a ser sua esposa ou concubina. Quando ela o rechaçou, levou-a à corte dos nobres onde foi ameaçada de morte se não deixasse a fé cristã, e, como se recusou, queimaram-na e ferveram-na viva, mas, milagrosamente saiu ilesa de ambos os castigos. Finalmente, foi decapitada. Invocam-na como padroeira das mulheres grávidas e dos que sofrem enfermidades dos rins.

Santa Bárbara: Embora pouco conhecida, acredita-se que esta santa mártir do século III foi filha de um homem rico e zeloso. Quando lhe confessou que se converteu ao cristianismo, seu próprio pai a denunciou e a levou perante as autoridades locais, que ordenaram que fosse torturada e decapitada. Dizem que seu próprio pai a decapitou e logo, foi atingido por um raio. É invocado contra as tormentas e incêndios.

Santa Catarina de Alexandria: Mártir do século IV convertida depois de uma visão de Cristo e Maria. Foi filha da rainha do Egito, quem se converteu depois de sua morte. Quando Maximiano começou a perseguir cristãos no Egito, Catarina o repreendeu e tentou lhe demonstrar que seus deuses eram falsos. Debateu com os melhores eruditos do imperador e alguns se converteram devido a seus argumentos; entretanto, foi açoitada, encarcerada e decapitada. É a santa padroeira dos filósofos e dos jovens estudantes.

Ladainha aos 14 Santos Auxiliadores

Existe uma ladainha a esse grupo de santos, resumindo quem é cada um e qual é o benefício espiritual pedido mediante a sua intercessão.

Eis dois trechos dessa ladainha:

(Neste primeiro trecho, responde-se “Rogai por nós”)

Os Quatorze Santos Auxiliadores, São Jorge, valente mártir de Cristo, São Brás, zeloso bispo e benfeitor dos pobres, Santo Erasmo, poderoso protetor dos oprimidos, São Pantaleão, milagroso exemplo de caridade, São Vito, protetor especial da castidade, São Cristóvão, poderoso intercessor nos perigos, São Dionísio, brilhante espelho de fé e confiança, São Ciríaco, terror do inferno, Santo Acácio, eficaz advogado na morte, Santo Eustáquio, exemplo de paciência na adversidade, São Gil, desprezador do mundo, Santa Margarida, valente campeã da fé, Santa Catarina, vitoriosa defensora da fé e da pureza, Santa Bárbara, poderosa padroeira dos moribundos…

(Neste segundo trecho, responde-se “Nós vos rogamos, ouvi-nos”)

Vinde em nosso auxílio pela intercessão dos Santos Auxiliadores, pela intercessão de São Jorge, preservai-nos na Fé. Pela intercessão de São Brás, confirmai-nos na Esperança. Pela intercessão de Santo Erasmo, inflamai-nos do Vosso Santo Amor. Pela intercessão de São Pantaleão, dai-nos caridade para com o nosso próximo. Pela intercessão de São Vito, ensinai-nos o valor da alma. Pela intercessão de São Cristóvão, preservai-nos do pecado. Pela intercessão de São Dionísio, dai-nos tranquilidade de consciência. Pela intercessão de São Ciríaco, outorgai-nos docilidade à Vossa Santa Vontade. Pela intercessão de Santo Acácio, concedei-nos uma morte santa. Pela intercessão de Santo Eustáquio, dai-nos paciência na adversidade. Pela intercessão de São Gil, concedei-nos um juízo piedoso. Pela intercessão de Santa Margarida, preservai-nos do inferno. Pela intercessão de Santa Catarina, abreviai nosso purgatório. Pela intercessão de Santa Bárbara, recebei-nos no céu. Pela intercessão de todos os Santos Guardiães Auxiliadores, escutai as nossas preces.

Com informações de ACI Digital

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