Pregadores que dizem expulsar demônios: fé ou charlatanice? O pe. Zezinho colocou esta questão sem papas na língua em sua rede social, por meio da qual propôs as seguintes considerações:
“Cada religião ou igreja é livre para motivar seus fiéis, mas a prática de dominar demônios, no mínimo, é questionável. Está nos evangelhos, mas também está nos mesmos evangelhos o abuso dos pregadores com respeito a esta prática. Jesus a condenou. Também os apóstolos a condenaram.
Vejo ainda hoje alguns pregadores a falar com o demônio e expulsá-lo e humilhá-lo em nome de Jesus. Tentam repetir os apóstolos de 2000 anos atrás! E garantem que Jesus lhes deu a mesma autoridade. Será mesmo que lhes deu? E a deu a católicos e evangélicos e pentecostais? A todos?
Só que ainda não os vi falando com os anjos e com os santos que Jesus converteu e levou para o céu. São especialistas em só expulsar demônios, mas incapazes de invocar os santos que Jesus formou?
Alguns vão mais longe: duvidam que até a mãe de Jesus esteja no céu porque ainda não soou a última trombeta dos tempos”.
Pregadores que dizem expulsar demônios: fé ou charlatanice?
O padre prossegue:
“Não devem ter lido Mateus, capítulos 7, 24, 25 e dezenas de passagens de Paulo sobre quem finge ser chamado por Jesus e posa com o dom da cura, da vidência e da profecia. O fato de eles curarem enfermos só nos seus templos e ressuscitarem mortos apenas nos seus templos e, ainda, expulsarem demônios só nos seus palcos, faz pensar mais em palcos e teatros do que em UTIs ou hospitais.
Jesus curava em qualquer lugar! E Ele ia lá onde se sofria! Ele ia lá e, nos dias de hoje, talvez não mandasse beber um copo de água benzida pelas ondas da TV. Ele não mandava beber água por ele benzida. Curava porque tinha poder! Os apóstolos eram muito cuidadosos com estas curas. Eram dons nunca desperdiçados!
Hoje, os prodígios estão mais para Atos 19, 11-19. Releiam este trecho…
Ainda bem que muitos pastores e missionários pararam de conversar com o demônio no palco. Mas a prática ainda persiste em alguns palcos e TVs. Deveríamos refletir sobre estas curas e expulsões. Quanto disso é fé e quanto é charlatanice?”
