Aleteia logoAleteia logoAleteia
Sexta-feira 26 Abril |
Aleteia logo
Religião
separateurCreated with Sketch.

Epifania: estrela de Cristo brilha nas noites mais escuras, diz Papa

Papa Francisco celebra a Epifania

FILIPPO MONTEFORTE/AFP/East News

Reportagem local - publicado em 06/01/22

Conferências episcopais podem transferir a solenidade, como ocorreu no Brasil, mas o dia 6 de janeiro é a data tradicional

A solenidade da Epifania é tradicionalmente celebrada pela Igreja Católica no dia 6 de janeiro, podendo as conferências episcopais de cada país optar por transferi-la para o domingo mais próximo a fim de que os fiéis consigam participar com mais facilidade da Eucaristia. No Brasil, por exemplo, ela foi adiantada para o domingo passado, dia 3.

Durante a homilia desta solenidade no Vaticano, o Papa Francisco exortou os católicos a aprenderem com os três reis vindos do Oriente a caminhar rumo a Jesus, “estrela que ilumina os céus da vida e orienta os passos para a verdadeira alegria”.

Na Basílica de São Pedro, seguindo a tradição desta celebração, um diácono anunciou logo após a leitura do Evangelho que a data da Páscoa neste ano será o dia 17 de abril. A Quarta-Feira de Cinzas, portanto, recairá em 2 de março, a Ascensão do Senhor em 26 de maio, o Pentecostes em 5 de junho e o Corpus Christi em 16 de junho. Já o primeiro domingo do Advento, marcando o início do próximo ano litúrgico, será celebrado em 27 de novembro.

O que quer dizer epifania

A Epifania, palavra grega que significa revelação ou manifestação, é a solenidade que celebra o reconhecimento de Jesus como o Filho de Deus encarnado. Há várias epifanias ao longo dos Evangelhos, mas a que é especificamente recordada nesta data é o episódio em que três ilustres visitantes oriundos de terras longínquas procuram Jesus e lhe oferecem presentes altamente simbólicos: o incenso, que reconhece a divindade de Jesus; o ouro, a sua realeza; e a mirra, a sua humanidade.

Os visitantes em questão são descritos como “homens sábios” vindos do Oriente; a tradição os trata como “reis” em suas próprias terras de origem; popularmente, foram chamados de “magos” porque detinham conhecimentos de astronomia e aguardavam sinais que apontassem o nascimento do Messias, embora não fossem magos no sentido usual do termo.

A estrela de Cristo brilha nas noites mais escuras

Em sua homilia sobre a Epifania de Jesus, o Papa Francisco ressaltou que, “nas noites mais escuras, brilha uma estrela: é a estrela do Senhor, que vem cuidar da nossa frágil humanidade”. Diante disso, ele exorta os fiéis a caminharem “rumo a Ele: não concedamos à apatia e à resignação a força de nos pregarem à tristeza de uma vida medíocre. Abramo-nos à inquietude do Espírito: corações inquietos!”.

Francisco afirmou que “o mundo espera dos crentes um renovado ímpeto para o Céu. Como os Magos, levantemos a cabeça, ouçamos o desejo do coração, sigamos a estrela que Deus faz brilhar sobre nós. E, como indagadores inquietos, permaneçamos abertos às surpresas de Deus. Irmãos e irmãs, sonhemos, procuremos, adoremos”.

O Papa recordou que, ao chegarem a Jerusalém, os magos “perguntam onde está o Menino”, simbolizando que “precisamos ouvir com atenção as perguntas do coração, da consciência”, já que “frequentemente é assim que Deus fala: mais com perguntas do que com respostas”.

Os magos “desafiam Herodes”, observou ainda o Papa Francisco. O rei, de fato, tentara manipulá-los para que lhe revelassem onde estava Jesus, já que temia o seu poder e pretendia matá-lo. “Os magos regressam ‘por outro caminho’: provocam-nos a percorrer estradas novas. É a criatividade do Espírito, que faz sempre coisas novas”, disse Francisco.

“Chegando ao destino, viram o Menino e, ‘prostrando-se, adoraram-No’”. O Papa então recordou: “a viagem da fé só encontra ímpeto e cumprimento na presença de Deus. O desejo de Deus cresce apenas quando permanecemos diante de Deus”.

Tags:
EpifaniaJesusLiturgiaNatalPapa Francisco
Top 10
Ver mais
Boletim
Receba Aleteia todo dia