"Estamos diante de escolhas pessoais e afetos pessoais numa era de liberdades individuais como nunca se viu"
O pe. Zezinho publicou em sua rede social um comentário sobre a postura frequente das mães quando o comportamento dos filhos não é o que elas teriam sonhado: segundo o sacerdote, elas “quase sempre sofrem, mas acabam beijando o filho de quem discordam”.
Eis o que o padre escreveu:
“Padres que estudaram comportamento humano e psicólogos sabem conversar com estas mães. Dona Diva chora achando que a culpa foi dela. O marido foi morar com outra mulher, um filho é gay, uma filha é lésbica e apenas um filho e uma filha seguiram os conselhos da mãe. Estão casados na Igreja.
A resposta não pode ser nem dura, nem simplista. Naquela casa faltou muita coisa e não é justo culpar a mãe pelas tendências dos filhos. Até porque nenhum dos quatro filhos mexem com droga ou têm comportamento marginal. Quanto a escolhas e preferências amorosas dos filhos, é coisa deles. Não viveram e não vivem 24 horas por dia trancados nos quartos. Os relacionamentos aconteceram lá fora. E nenhum dos filhos forçou a mãe a receber seus afetos na sua casa. Três moram fora e só uma filha está com a mãe. E ela respeita o sentimento da mãe.
Então, estamos diante de escolhas pessoais e afetos pessoais numa era de liberdades individuais como nunca se viu.
Os poderosos veículos de informação e de motivação de hoje estão nos aparelhos da casa, nos que levam no bolso e nas mãos. Com tanta informação longe do pai e da mãe, numa sociedade divorcista e cada vez mais liberal, não cabe culpar a mãe pelos afetos dos filhos. Não se agredindo e não se humilhando mutuamente é possível respeitar-se.
Conversar sobre isto pode ser salutar no que sobrou daquela família. E a mãe pode ser este elo. Mães quase sempre sofrem, mas acabam abraçando e beijando a filha ou o filho de quem discordam!
Mães são feitas mais de ternura do que de dureza. Dizem verdades, mas não as empurram pelos ouvidos e pelo coração. E esperam contra toda esperança! Continuam apostando que os filhos serão felizes, mesmo que não sigam todos os conselhos maternos! Faz tempo que deixaram de ser crianças!… A Igreja? Discorda, mas não agride! Ensina, mas não força!”.