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Alegado “católico”, Biden assina ordem para proteger “direito ao aborto”

Joe Biden defende o que chama de direito ao aborto

Jakub Porzycki | NurPhoto via AFP

Francisco Vêneto - publicado em 11/07/22

Além de contradizer a doutrina da Igreja, o presidente democrata também afronta a decisão pró-vida da Suprema Corte

Alegado “católico”, o presidente democrata norte-americano Joe Biden assinou neste sábado, 9 de julho, uma ordem executiva que visa proteger o assim chamado “direito ao aborto” após a anulação da sentença Roe versus Wade, que, baseada em uma farsa, havia mantido o aborto liberado em todo o território dos Estados Unidos durante mais de 49 anos.

A Suprema Corte do país reconheceu, em 24 de junho, a inconstitucionalidade da antiga sentença, derrubando-a. Com isso, os Estados da federação recuperaram a autonomia para legislar sobre o assunto e a maioria deles já confirmou medidas restritivas à prática.

Pondo em cheque as próprias autodeclarações de “católico devoto”, Biden decretou, mediante a sua ordem executiva, que o Ministério da Saúde garanta o acesso a medicamentos abortivos, aumente a proteção dos profissionais de saúde que realizam abortos e intensifique as campanhas em defesa do suposto “direito” ao aborto em centros públicos.

O presidente democrata demonstrou a intenção de “aprovar uma lei nacional” que funcione como “a maneira mais rápida de restaurar” a antiga sentença Roe, o que afronta o próprio cerne da recente decisão da Suprema Corte: os magistrados deixaram claro, afinal, que a regulamentação do aborto não cabe ao governo federal, mas a cada um dos Estados da federação.

Biden também incentivou os eleitores a apoiarem o Partido Democrata nas eleições legislativas de 8 de novembro, quando serão eleitos 435 deputados e 35 dos 100 senadores. O intuito de Biden com a obtenção de maioria democrata é facilitar novas mudanças pró-aborto na legislação.

Católicos indignados com a incongruência de Biden no tocante à doutrina da Igreja estão pedindo medidas como que foram tomadas pelo arcebispo de San Francisco, dom Salvatore Cordileone, no tocante à presidente da Câmara dos Deputados, Nancy Pelosi, que também se diz católica ao mesmo tempo em que milita energicamente em favor do aborto: o arcebispo a proibiu de receber a comunhão na arquidiocese de São Francisco até “repudiar publicamente o seu apoio ao aborto, confessar-se e receber a absolvição no Sacramento da Penitência por sua cooperação com este mal”.

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AbortoDoutrinaIdeologiaPolítica
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