“Quem dizem que eu sou?”. Esta é a pergunta que Jesus faz no Evangelho Lucas. Depois, ele vai mais longe: “E vós, quem dizeis que sou?” (Lc 9, 18-20).
Seria um bom exercício para nós respondermos honestamente a essas duas perguntas hoje. Acho que seria muito instrutivo fazer um balanço do sentimento que as pessoas têm sobre Jesus, bem como a verdadeira posição de cada um de nós em relação a Ele.
Sabemos com certeza, porém, que a resposta que Pedro dá a Jesus é claramente a resposta certa: “Pedro respondeu: ‘O Cristo de Deus’”.
Mas esta resposta permanece incompreensível sem a luz da sabedoria da Cruz que Jesus acrescenta logo depois:
“É necessário que o Filho do Homem padeça muitas coisas, seja rejeitado pelos anciãos, pelos príncipes dos sacerdotes e pelos escribas. É necessário que seja levado à morte e que ressuscite ao terceiro dia”.
Lc 9,22
Sofrimento e amor
Nós só sofremos quando amamos. O amor está misteriosamente ligado ao sofrimento, talvez porque a contrapartida do sofrimento seja ainda maior: é a felicidade.
São Pio de Pietrelcina é, essencialmente, a imagem viva de Jesus Crucificado impressa em sua carne. Seríamos tentados a dizer que este homem sofreu muito, mas a frase mais correta seria: “Este homem amou muito”. E é justamente esse excesso de amor que o transformou em fonte de graça para muitas pessoas.
Ninguém aceita o sofrimento, a não ser por amor. E, quando amamos, podemos suportar muito. Se amamos a Cristo, então somos capazes de qualquer coisa. Seria bom para nós aprender esta lição.
