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Adolescente complexado: 5 ideias para ajudá-lo(a) a amar a si próprio

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Bénédicte de Dinechin - publicado em 19/10/22

A sua filha não gosta do nariz, o seu filho concentra-se nas espinhas, outro pensa que está acima do peso... Aqui estão cinco ideias para tentar fazê-los esquecer os seus complexos e ver a sua vida sob uma luz mais bonita. Leia:

Adeus infância, olá puberdade. Os seus corpos estão a mudar anarquicamente, as suas notas estão a vacilar, suas vidas estão em transição… e nós, os seus pais e mães, sentimo-nos bastante desamparados quando confrontados com os sinais de mal-estar. Da irritabilidade às más notas, os complexos atormentam a vida dos adolescentes. Como podemos ajudá-los a aceitarem-se a si próprios, e até a conseguirem amar-se a si próprios num mundo que valoriza a perfeição? Aqui estão cinco ideias para experimentar como família para facilitar as coisas em casa.

1ATREVER-SE A FALAR DOS SEUS FRACASSOS NA IDADE DELES

Mesmo que pareçam pensar que os seus pais não têm valor, os adolescentes têm uma certa admiração por eles. Esta é uma boa notícia para nós, mas por vezes um fardo para eles. Jordan, de 19 anos de idade, diz do seu pai: “Ele sempre teve sucesso em tudo, mas falta-me tudo”. Um desânimo que pode servir de álibi para uma falta de esforço, mas que deve ser levado em conta. Eric, o pai, conversou com ele sobre os seus fracassos… no futebol. Ele era bom em matemática, porém francamente, adorava futebol, mas era péssimo. Conversas assim permitiram a Jordan construir uma relação mais próxima com o seu pai, já não sendo invadida pelo medo de decepcioná-lo.

2SER FLEXÍVEL NA ESCOLHA DELE(A) DE VESTUÁRIO

Emma odeia seus vestidos, e acaba pegando dos irmãos um ou outro moletom, o que exaspera a sua mãe, que não pode deixar de criticá-la. Porém, as roupas podem na verdade ajudar a trazer uma sensação de proteção, a integrar-se num grupo, e proporcionam um sentimento de pertença que um adolescente necessita para superar os seus complexos.

3VALORIZAR CADA SUCESSO

Que pai nunca apontou as más notas primeiro ao olhar para um boletim? Muitas vezes, corre-se o risco de desencorajar a pessoa que teve de trabalhar arduamente para obter uma boa nota. Sophie Delalonde, estagiária na associação Estimame, dirige workshops de auto-estima numa escola secundária em Yvelines. Ela diz: “As observações dos professores e dos pais sobre as notas são por vezes terrivelmente dolorosas para os adolescentes que acompanho. Alguns deles têm a impressão de que são apenas um estudante para os seus pais, e que em casa só falam de notas. O que eles mais precisam é de ser valorizados, de ver o positivo, mesmo num boletim de notas que é decepcionante para os pais. Isto não é uma fuga, mas uma forma de lhes dar confiança em si próprios”. Está sem ideias sobre como felicitar um adolescente? Pergunte aos seus padrinhos pelas cinco qualidades que veem nele, o que é uma boa maneira de mudar a forma como olham para as coisas e de encontrar algo positivo.

4COMPARAR-SE APENAS A SI PRÓPRIO

Jean Monbourquette, um psicólogo canadense, insiste que “através da nossa educação habituámo-nos à comparação, muitas vezes em desvantagem, e continuamos a fazê-lo com os nossos filhos”. Assegurarmo-nos de que somos superiores a alguém também não é útil. Compare-se apenas a si próprio, porque cada um é único; isso evita a dependência dos outros e permite ter uma visão positiva de si próprio. Por exemplo, um adolescente fez progressos no esporte, outro na música, outra na pontualidade ou na organização. Dar mais importância ao próprio progresso pessoal ajuda a remover o foco numa falha que esteja a causar problemas.

5ENCONTRAR UMA ÁREA DE EXCELÊNCIA

Mesmo que estejam cobertos de acne e a falhar na escola, alguns adolescentes parecem sentir-se melhor consigo próprios do que outros. O seu segredo? Eles reconhecem as suas qualidades. Sophie Delalonde explica: “é sempre bom quando eu os ajudo a encontrar dez qualidades. O que parece impossível no início pode ser desbloqueado com alguns exemplos e um pouco de vocabulário. Uma pessoa descobrirá que é criativa, outra útil, atenta, alegre, um bom ouvinte, mas também alguns terão orgulho do seu cabelo ou do seu estilo. Outros falarão do seu sucesso em alguma atividade ou dos seus dotes culinários”. Amélie, 15 anos, pendurou um grande coração de papel colorido que fez no seu quarto, com as suas qualidades escritas no mesmo. Ela olha para ele para se encorajar em momentos de dificuldade.

Ajudar o seu adolescente a superar os seus complexos também significa saber como obter ajuda na sua missão como pais. Ouse falar das suas dúvidas com amigos. Quem sabe não seria bom juntar-se também a um grupo de pais? Várias associações e municípios oferecem tais grupos, para que também nós possamos deixar de ter complexos sobre não ser um pai/mãe perfeito/a.

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