O Papa Francisco destacou neste domingo a beatificação da jovem brasileira Isabel Cristina Mrad Campos, que foi morta “in odium fidei” com apenas 20 anos de idade, em 1982.
Comparada como Santa Maria Goretti por ter defendido com heroísmo a sua castidade durante uma covarde tentativa de estupro que resultou no seu martírio, Isabel foi beatificada neste sábado, 10 de dezembro, em Barbacena, MG, durante cerimônia presidida pelo cardeal dom Raymundo Damasceno Assis.
Francisco enfatizou que Isabel foi morta “em decorrência de ódio à fé, por defender a sua dignidade como mulher e o valor da castidade”.
“Que o seu exemplo heróico estimule especialmente os jovens a dar um testemunho generoso de fé e de adesão ao Evangelho. Aplaudamos a nova beata!”.
Você pode conhecer mais da história da beata Isabel Cristina no artigo abaixo:
Mártires
O Papa falou de Isabel como mártir, vítima do “ódio à fé”.
Na tradição católica, define-se como mártir como “a pessoa que opta por sofrer e mesmo morrer em vez de renunciar à sua fé ou aos seus princípios cristãos”.
No caso do martírio em defesa da castidade, não se exige, evidentemente, que uma pessoa escolha a morte diante do estupro. A Igreja não prioriza a virgindade sobre a vida. Então, por que a escolha desses mártires seria celebrada pela Igreja como um modelo de castidade?
A resposta é que a morte desses mártires reflete a sua vida. A opção por viver segundo a virtude desenvolveu neles o “hábito de excelência” que o filósofo Aristóteles descreveu. Embora jovens, esses mártires repudiaram tão profundamente o pecado que, quando confrontados com a impureza, muito embora nem fosse um pecado deles próprios, a rejeitaram com tamanha determinação que aceitaram o sacrifício da própria vida para preservar a virtude por amor a Deus.
